A tão propagada necessidade de separação entre Igreja e Estado é algo debatido na maioria dos países ocidentais, que apesar de terem um berço cristão nos últimos anos se deixaram levar pela agenda esquerdista que tenta manter vivo o marxismo ateísta.
Durante a Conferência Internacional de Pastores e Líderes, em Dallas, Estados Unidos, ocorreu um debate durante um painel sobre “As polêmicas da política e do púlpito”. Uma parte da conversa acabou sendo amplamente divulgada nas redes sociais, mostrando a insatisfação do conhecido autor, o bispo T.D. Jakes.
“Nós realmente nos tornamos prostitutas para os políticos”, afirmou Jakes. Ele acredita que os líderes religiosos podem trabalhar juntos com os governos pelo bem do povo, mas não deveriam estar subjugados.
“O problema da igreja é que as vezes nós apoiamos um partido político ou outro, quando na verdade nunca iremos concordar totalmente com nenhum deles”, explicou.
“Acabamos sendo contaminados de algum jeito, quando associamos nossa identidade a qualquer [partido] e agimos como se esta fosse a escolha de Deus para o corpo de Cristo”, assegurou.
Durante a discussão, onde estavam presentes vários líderes evangélicos, tanto conservadores quanto liberais, alguns levantaram a questão de taxação das igrejas, o que para alguns movimentos seria uma medida coerente.
O problema maior é que o argumento político usado é que isso iria atender às necessidades da população e poderia ser usado para combater a fome.
Pedindo a palavra, Jakes derrubou a falácia: “Se você pegar tudo o que todas as igrejas do país arrecadam. Se não tivéssemos de pagar aluguéis dos templos. Se não pagássemos os empregados, nem as contas de luz, pegássemos todo nosso dinheiro e doássemos tudo para os pobres e ficássemos sem nada, só pra alimentá-los. Ainda assim não teríamos dinheiro suficiente!”.
Assim como muitas igrejas, a Casa do Oleiro, liderada pelo bispo, tem projetos que ajudam a alimentar os necessitados. Mas deixou claro que isso só é possível com o dinheiro dos dízimos e ofertas.
“Quando pedimos os 10% do salário de algumas pessoas e o governo toma uns 35% do salário de todas as pessoas. Iria me ferrar tentando alimentar sozinho todo mundo que precisa. Quando eu fiz as contas, percebi que o eu pedia às pessoas não funciona”, desabafou.
Prosseguiu o argumento, mostrando que a maioria dos políticos e os chamados “movimentos sociais” que defendem tributação das igrejas não faz nada para resolver o problema. Enquanto isso, muitas igrejas suprem com ações práticas a ineficácia do governo.
Reclamando dos altos impostos, destacou: “Por que vocês tiram 40% do meu dinheiro, depois me diz que tenho de pedir outros 10% para fazer o que vocês deveriam estar fazendo com os 40%?.
Finalizou dizendo que “está na hora de nos levantarmos e desafiarmos as pessoas”, numa demonstração que a questão pode assumir contornos maiores nos próximos anos, uma vez que com a nova lei assinada por Trump os pastores terão liberdade para tratar no púlpito de questões políticas, algo que antes era proibido.
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