A agência ANS recebeu a cópia de um e-mail do pastor Johan Bandi, secretário do grupo Igrejas Indonésias Unidas, em Perth, emitindo "um pedido urgente de solidariedade para com a igreja perseguida na Indonésia".
O e-mail foi enviado especialmente às igrejas do exterior e aos "meus irmãos e irmãs na Austrália", que têm mostrado uma preocupação especial com as igrejas perseguidas da Indonésia.
Nos últimos meses, os cristãos da Indonésia enfrentaram um sério crescimento do terrorismo, intimidação e perseguição.
"Esse crescimento é parte do processo de implementação da lei islâmica sharia", escreveu o pastor Johan.
Ele mostrou que alguns grupos radicais islâmicos conhecidos do público - como o Frente de Defesa Islâmica (FPI) e a Aliança Contra a Apostasia (AGAP) - invadiram igrejas durante os cultos, exigindo que o pastor parasse de pregar e ordenaram que ele e a congregação saíssem da igreja. O pastor foi forçado a assinar uma declaração que diz que o edifício não seria mais usado para cultos. Muitas vezes esses grupos intimidam por meio de autorizações de prefeitos ou chefes de polícia, e acompanhados por oficiais do governo e da polícia que ficam parados sem fazer nada.
"Este não é apenas um problema de Java Oeste", diz Johan. "É um problema nacional que aflige cada grupo de igreja em todo o país".
Dr. Jeff Hammond, do grupo Abençoe a Indonésia Hoje, sediado em Jacarta, disse que três igrejas - Luterana, Presbiteriana e uma Pentecostal - foram fechadas há cinco semanas pelo prefeito, acompanhado de membros da AGAP.
No domingo, 16 de outubro, outras três igrejas em Bekasi Leste (Java Oeste, a 45 minutos de Jacarta) foram interditadas.
No mesmo dia, cerca de 150 pessoas marcharam a uma igreja doméstica em Sulawesi Sul e obrigaram-na a fechar. O "Jakarta Post" informou que os muçulmanos, há pelo menos seis meses, opunham-se ao funcionamento dessa igreja sem permissão.
O pastor Johan afirmou ainda que os prefeitos de Bekasi, Bandung e Sukabumi, em Java Oeste, emitiram um decreto interditando mais três igrejas. Pelo menos 35 igrejas em Bandung foram impedidas de funcionar nos últimos 12 meses. O prefeito de Sukabumi também pediu o fechamento de todas as igrejas não-autorizadas em sua cidade.
Há informações de que 24 igrejas na cidade de Malang, Java Leste, estão ameaçadas, ao passo que algumas já foram fechadas nas duas últimas semanas. Além disso, 18 igrejas em Jacarta Norte estão se perguntando quando chegará a vez delas, já que recentemente a polícia recolheu algumas informações durante seus cultos.
A mídia da Indonésia relatou que mais de 150 igrejas foram destruídas ou fechadas em Jacarta e por toda a ilha de Java nos últimos anos. Nos dois meses passados, 60 igrejas - principalmente em Java Oeste - foram interditadas.
Johan disse que a base para a maior parte das interdições é o Edito Ministerial Combinado Nº 1 de 1969, que regula as autorizações de edificações para prédios religiosos (leia-se igrejas), uso de casas para reuniões religiosas (leia-se igrejas domésticas), o controle da propagação de credos religiosos (leia-se evangelismo cristão) e o fluxo de fundos internacionais para instituições religiosas (leia-se igrejas). Dessa forma, quase todas as igrejas formadas nos últimos 36 anos não possuem alvará para funcionar de forma legal.
Lê-se "igrejas" em todas as afirmações acima porque as mesquitas aparentemente podem ser construídas em quase qualquer vizinhança sem alvará, e nenhuma mesquita sem permissão já foi fechada.
Ainda assim a Constituição da Indonésia declara liberdade para todas as religiões. De acordo com o Edito nº 1, poder ou não construir uma igreja é uma decisão determinada pela opinião comum predominante - e muitas vizinhanças são 90% muçulmanas.
Mesmo com as declarações internacionais do governo federal que dizem não concordar com essas interdições das igrejas, os oficiais de governos local e estadual continuam a emitir decretos para fechá-las.
Os oficiais do governo admitem que o Edito nº 1 é aplicado de forma errônea. Entretanto, os cristãos que protestaram contra a aplicação injusta do edito ouviram que deveriam ser pacientes e obedecer à lei até que ela seja revista. De acordo com o "Jakarta Post" de 18 de outubro, o Ministro de Assuntos Internos, M. Ma'aruf, marcou o fim do ano como prazo final de revisão da lei.
Enquanto isso, o pastor Johan disse que há duas coisas importantes a serem feitas de imediato: primeiro de tudo, os cristãos "deveriam orar de forma séria por nossos irmãos e irmãs perseguidos na Indonésia". Em segundo lugar, os cristãos de todo mundo devem mostrar essa preocupação às suas autoridades, a fim de movê-las a exercer pressão sobre o governo indonésio "para que ele cumpra de forma sincera seu compromisso de sustentar a constituição que garante liberdade religiosa".
Ao fim, cristãos na Indonésia e na Austrália pediram que esse assunto fosse conhecido das maiores autoridades das nações livres.
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