Esta semana Cuba apresentou um novo texto em substituição à proposta rejeitada pela maioria das pessoas que participaram das consultas públicas referentes ao artigo 68, que incluía a legalização do casamento gay na nova Constituição do país.
Grupos evangélicos e sociedade se uniram para se manifestarem contrários ao projeto.
Em setembro, membros de igrejas evangélicas se posicionaram contra o casamento gay em Cuba.
A descrição, que antes estava como “união de um homem e uma mulher”, foi transformada pelos defensores dos direitos homossexuais em “união de duas pessoas com direitos e obrigações absolutamente iguais”, o que recebeu protestos vigorosos da maioria da população.
Por força da grande mobilização popular e dos grupos evangélicos, o regime comunista hoje presidido por Miguel Diaz-Canel pôs fim à proposta, ao menos por enquanto.
A decisão foi anunciada no Twitter pela Assembleia Nacional de Cuba que diz ter eliminado a linguagem da nova carta “como uma forma de respeitar todas as opiniões”.
Com rápido crescimento em Cuba, embora haja restrições e até perseguições por parte do governo comunista, as igrejas evangélicas têm protagonizado o aumento da pressão sobre o governo em oposição a grupos e pessoas que defendem a união homossexual, como Mariela Castro, legisladora e filha do ex-presidente Raul Castro.
Por uma rede social, Mariela disse que embora a linguagem no projeto de Constituição tenha mudado, o direito ao casamento gay não foi eliminado.
Segundo ela, a nova proposta substitui a palavra “pessoas” pelo termo “cônjuges” a fim de garantir que “todas as pessoas tenham a possibilidade de acessar a instituição do casamento”.
Os cubanos, que normalmente evitam as críticas abertas ao governo, saíram às ruas para se mostrarem contrários à proposta constitucional que promovia o casamento gay.
De acordo com a mídia estatal, os cubanos fizeram 192.408 comentários sobre o artigo 68, que trata do tema casamento homossexual, com a maioria pedindo para eliminá-lo da nova Carta Magna.
Algumas coisas mudaram em Cuba referentes à homossexualidade. Nos anos 60 e 70, o governo comunista, liderado por Fidel Castro, promovia perseguição aos homossexuais e enviava homens gays para campos de trabalho forçado.
No entanto, pelo que se viu, a sociedade cubana é conservadora nos valores e capaz de se mobilizar para fazer valer a vontade da maioria.
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