Cidade da Guatemala – As Igrejas Católica, Evangélica, Luterana e Presbiteriana na Guatemala pediram a abolição da pena de morte no país e o combate à pobreza e à marginalização, que ensejam a violência.
Numa coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, as Igrejas recomendaram que a Guatemala se unisse aos países que aboliram a pena capital, por considerar que não se trata da solução para os problemas da violência. “Podemos matar todos os delinqüentes, porém o problema da violência vai continuar, se não mudarem as causas estruturais que a provocam, como a pobreza, a marginalização e a degeneração das pessoas” afirmou o secretário-geral do Conselho Cristão, Vitalino Similox.
Segundo as Igrejas existentes no país, “há um clima de insegurança e violência muito grande, que aumenta o clima de falta de esperança e frustração na população”.
“Usar a pena de morte como solução para o problema da violência é condenar-nos a permanecer num círculo vicioso, porque não se trata de um mecanismo de dissuasão para frear raízes históricas e estruturais” afirmaram.
Em 12 de fevereiro, o Congresso restituiu ao presidente da Guatemala, Álvaro Colom, o poder de outorgar ou não o indulto aos réus condenados à pena capital no país. Colom garantiu que não aplicará o indulto e que respeitará a decisão dos tribunais. “A Justiça existe e a lei será aplicada”, garantiu o presidente na ocasião.
No momento, cerca de 40 detentos estão no “corredor da morte”, na Guatemala. A pena é aplicada por injeção letal, que substituiu o fuzilamento, a partir de 1998. (BF/AF)
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