A Justiça do Tocantins condenou a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) a pagar R$ 300 mil como indenização a uma vítima de estupro. O caso ocorreu em 2011, quando a vítima tinha 13 anos, mas só agora saiu a sentença. A decisão do juiz Océlio Nobre, da Comarca de Guaraí é o ponto final ao processo aberto pelo pai da jovem.
O acusado do crime, que não teve o nome divulgado, foi condenado penalmente e cumpre pena de 10 anos de reclusão. Ele era auxiliar do pastor da igreja em Guaraí, região central do estado.
A defesa da igreja alega que o estuprador não liderava a congregação, sendo apenas um membro, sem possuir uma função definida pela estrutura hierárquica da denominação. Sendo assim, não possuía qualquer vínculo com a instituição.
Para o magistrado que julgou o caso, ainda que não existam documentos comprovando que o autor era representante da igreja, ele se apresentava assim e sua atuação diária fazia os membros crerem que ele agia em nome da instituição.
“O que importa é a forma como ele se apresentava perante a comunidade de fiéis, seu prestígio dentro da Igreja, que propiciou o ambiente para tornar a vítima presa e ele o algoz”, argumenta Nobre.
Segundo seu entendimento, foi a condição de “pastor auxiliar” que fez tanto a vítima quanto sua família confiarem nele. O réu conheceu a menina no grupo de jovens pelo qual era responsável.
A compreensão do juiz é que o valor da indenização pode ser pago pela IURD e que isso, além de reparar o dano sofrido pela adolescente, fará a igreja reforçar “a vigília em defesa da confiança social da qual desfruta, exigindo de seus prepostos fáticos maior respeito”.
Em nota, a assessoria de imprensa da instituição disse apenas que “Igreja Universal do Reino de Deus não concorda com o teor da decisão do juiz e recorrerá da sentença ao Tribunal de Justiça do Tocantins.”
Entenda o caso
Conforme o processo que foi julgado, o réu conheceu a menina na igreja. Ele liderava um grupo de jovens da qual ela participava. Eles tiveram um relacionamento, mas a família não sabia. Ele se encontraram às escondidas na igreja e na escola.
O relato à Justiça dá conta que o denunciado teve relações sexuais duas vezes com a adolescente – em Guaraí (TO) e Teófilo Otoni (MG). Foi para a cidade mineira que os dois fugiram na época com receio do pai não aceitar o relacionamento. A jovem hoje tem 18 anos.
Em 2014, o homem que se apresentava como auxiliar de pastor foi condenado a 10 anos e oito meses de prisão. Por um pedido feito por ele mesmo, cumpre pena em Teófilo Otoni. Com informações de G1 [2]
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