Aprofundar a formação pastoral missionária dos futuros presbíteros”. Este foi o objetivo da reunião dos bispos presidentes das Comissões Episcopais Pastorais para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB, dom Sérgio Arthur Braschi; dos Ministérios Ordenados e Vida Consagrada, dom Pedro Brito; da Comissão para a Amazônia, cujo presidente é o cardeal arcebispo emérito de São Paulo (SP), dom Cláudio Hummes, mas que teve a participação do membro da Comissão, dom Moacyr Grechi e da direção das Pontifícias Obras Missionárias (POM) e do Centro Cultural Missionário (CCM).
Realizada nos dias 10 e 11, no CCM em Brasília, o encontro surgiu como ideia e proposta durante uma reunião realizada na 49ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Aparecida (SP) no último mês de maio. Lá, 20 bispos definiram que seria válido realizar um encontro para discutir partilhas de experiências missionárias que acontecem em várias regiões do Brasil, como forma de estágios, com objetivo de aprofundar a formação dos futuros padres na realidade do Brasil e com enfoque na Amazônia.
Foi da reunião em Aparecida que as três Comissões: Ação Missionária, Ministérios Ordenados e Vida Consagrada e para a Amazônia começaram a articular o encontro. Durante o 1º Encontro para aprofundar a formação pastoral missionária dos seminaristas foi aprovado um plano de apoio aos estágios missionários no Brasil que deverá ser um dos destaques do Plano Quadrienal das três Comissões, das POM e do CCM. “Vamos apoiar e estar mais presentes nas iniciativas, experiências e estágios missionários que existem em nosso país”, garantiu o presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados, dom Pedro Brito.
Para o arcebispo, aprofundar e cultivar a dimensão missionária a partir da formação missionária do futuro sacerdote é indispensável porque desde cedo ele deve despertar para a importância dessa dimensão da Igreja.
“Cultivar a dimensão missionária na formação do presbítero é importante porque o sacerdote é um missionário por excelência. Não se torna sacerdote sem uma consciência missionária”, frisou dom Pedro.As três Comissões da CNBB juntamente com as Pontifícias Obras Missionárias e o Centro Cultural Missionário têm um grande trabalho pela frente, a partir de agora. Isso porque será feito um levantamento de todos os estágios pastorais que existem no Brasil. Dom Pedro Brito explicou como será o apoio das Comissões e da Igreja para esses estágios missionários que têm o objetivo de colocar em evidência a disposição e compromisso da Igreja para a dimensão missionária. “Aprovamos o projeto e vamos colocar no plano quadrienal o apoio às iniciativas, às experiências e aos estágios missionários que existem. Apoiar significa estar presente, divulgar, incentivar, rezar”, disse ainda dom Pedro.
O ex-presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagra e bispo de Santarém (PA), dom Esmeraldo Barreto de Farias, explicou em três pontos como se dará o apoio: “Faremos o levantamento dos estágios existentes; segundo, incentivaremos as dioceses que ainda não têm programa de estágio para fazerem seguindo as Diretrizes da Formação Presbiteral e, por último, ajudaremos na reflexão, aprofundamento e sistematização dessas experiências que devem somar na vida do futuro presbítero”, disse o bispo que mantém um estágio missionário em sua diocese cuja programação acontece uma vez a cada ano, nos meses de dezembro e janeiro e reúne seminaristas de várias dioceses do país.
“Nós estamos com o DAp redescobrindo a importância dessa atitude do coração (missionária) que deve ser de todo cristão e muito mais do sacerdote”, afirmou o presidente da Comissão para a Ação Missionária, dom Sérgio Braschi que defende que os padres “não sejam formados para sua pequena realidade local, mas tenham sempre um coração aberto para a missão”.
Para o membro da Comissão para a Amazônia, dom Moacyr Grechi, o que foi tratado na reunião “é um começo promissor que entra no aspecto da missão continental, como tema e como preocupação da Igreja no Brasil”.
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