No dia 2 de dezembro, um grupo de investidores insistiu, apesar das objeções dos membros da igreja, que o proprietário do imóvel não permitisse que o prédio permanecesse em pé. A indignação da comunidade cristã começou quando em 17 de novembro havia sido demolido um centro juvenil. Os membros da igreja formaram um escudo humano para evitar que houvesse mais destruição.
Em meio ao impasse, a polícia chegou, prendeu cerca de 40 pessoas e alguns componentes da equipe de demolição. De acordo com o comunicado da Sociedade para os Povos Ameaçados (organização de direitos humanos com sede na Alemanha), 5 líderes da igreja estavam entre os presos. Eles foram acusados de não cumprir uma ordem de despejo e de resistir à autoridade policial.
Além dos cristãos presos, várias mulheres ficaram feridas e necessitaram de internação. Um ancião da igreja foi duramente espancado, mas não há informações sobre a extensão de seus ferimentos. Segundo testemunhas, a polícia apreendeu celulares e isolou o imóvel. Esta não é a primeira vez, neste ano, que a construção de uma igreja foi demolida pelas autoridades sudanesas. Em fevereiro e junho, igrejas foram destruídas em Omdurman e Cartum. O ministro do Sudão, defensor do islamismo, Shalil Abdullah, disse que as autoridades não iriam emitir licenças para a construção de novas igrejas.
O Sudão é o décimo primeiro colocado na Classificação da Perseguição Religiosa 2014, uma lista anual publicada pela Portas Abertas dos 50 países onde viver como cristão é quase impossível.
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