Muçulmanos armados e embriagados agrediram dois recepcionistas de uma igreja durante o culto de domingo e depois retornaram para apedrejar o prédio com tijolos e pedras.
Em 12 de novembro, dez homens, liderados por Zulifiqar Akbar Jutt e por Asif Ramzan, quebraram lâmpadas fluorescentes e uma cruz no portão exterior da Igreja Nazareno, no vilarejo Talab Sarai, informou uma organização de direitos humanos com base em Lahore.
Este é o oitavo ataque a uma igreja paquistanesa confirmado pela agência de notícia Compass neste ano.
O ataque à igreja vazia ocorreu enquanto a congregação estava registrando uma queixa contra Zulifiqar e Asif por molestá-los anteriormente naquele dia, conforme a informação fornecida por um Centro de Assentamento e Assistência Legal (CLAAS, sigla em inglês).
Segundo o pastor da Igreja Nazareno, Rafiq Masih, antes do culto das 18 horas, Zulifiqar e Asif estavam embriagados e se aproximaram da igreja, cantando palavras obscenas na melodia dos hinos.
Dois recepcionistas parados no portão exterior do composto da igreja intervieram quando Jutt e Ramzan começaram a molestar mulheres cristãs a caminho do culto vespertino, disse o pastor.
Jutt e Ramzan foram embora depressa, no momento em que mais membros da congregação saíram para investigar o tumulto. Entretanto, duas horas mais tarde, Zulifiqar e Asif retornaram com oito amigos, quando o culto estava terminando.
"Eles estavam embriagados, munidos de armas de fogo e paus", disse o pastor Masih ao CLAAS. "A mãe de Asif Ramzan, Wallayat Bibi, também estava com eles".
Os muçulmanos começaram a bater em Haroon Masih e em Ashraf Masih, os recepcionistas que os havia enfrentado mais cedo, contou um representante do CLAAS ao Compass.
Toda a congregação, aproximadamente 40 famílias, rapidamente saiu da igreja, incitando os muçulmanos a interromper o ataque. O pastor Masih pediu que sua congregação permanecesse calma, mesmo se os homens armados continuassem a insultar verbalmente o cristianismo e a adoração cristã.
"Eles tinham todas as intenções de usar as armas de fogo", contou o coordenador do CLAAS, Wasim Muntizar. "Mas como os cristãos não responderam furiosamente, a situação não piorou".
Economicamente vulneráveis
Liderados pelo pastor Masih, os homens da congregação visitaram o prefeito Khalid Javed para registrar uma queixa. O pastor também entrou em contato com os pais dos muçulmanos, na esperança de que eles pudessem resolver o problema.
Enquanto estavam na casa do prefeito, a congregação recebeu notícias de que Zulifiqar e Asif estavam apedrejando o prédio da igreja com tijolos e pedras. Khalid Javed imediatamente entrou em contato com a polícia na delegacia mais próxima, localizada em Manga Mandi, a quatro quilômetros do local.
De acordo com a informação do CLAAS, a mãe de Asif Ramzan convidou os policiais para entrar em sua casa, localizada atrás da igreja, assim que eles chegaram ao local do crime. Quando os policiais saíram da casa, eles se recusaram a prender a mãe de Asif, Wallayat Ramzan, apesar da reclamação dos cristãos de que ela havia acompanhado os agressores.
Ao contrário, os policiais detiveram três crianças com idades entre 8 e 12 anos que estavam no local por acaso, segundo as informações do CLAAS. Então, a polícia se dirigiu até a casa do prefeito, onde eles libertaram as crianças antes de retornar a Manga Mandi.
Em 13 de novembro, os membros do CLAAS visitaram Talab Sarai para ajudar a congregação Nazareno a registrar a queixa na polícia contra Zulifiqar e Asif e contra a mãe e o irmão de Asif.
Entretanto, conforme Muntizar, do CLAAS, a congregação não está planejando fazer pressão. Em vez disso, "a comunidade quer um acordo", contou Muntizar.
Entre outras razões, a congregação cristã é composta em sua maioria por trabalhadores de fornos de tijolos, os mais pobres dos pobres na sociedade paquistanesa. Em contraste, Zulifiqar e Asif pertencem a famílias fazendeiras abastadas, e são "financeiramente mais fortes do que o restante da comunidade cristã", explicou Muntizar.
Um caso na corte custaria caro e poderia durar meses, criando tensão com os suspeitos ricos que vivem ao lado da igreja.
Os suspeitos "não têm influência diretaporque os cristãos não trabalham em suas fazendas", explicou Muntizar. Entretanto, a comunidade da igreja aparentemente se sente inclinada a uma solução em que possam viver em paz com seus vizinhos imediatos.
Conforme os membros da congregação Nazareno, a reconciliação com os agressores da igreja pode ser difícil. Eles dizem que o mais recente ataque é somente parte de um tormento contínuo.
"Os muçulmanos amarram seus animais na frente da igreja e no cemitério cristão", contou um antigo membro da igreja conhecido com Sadiq Masih, de 70 anos. "Eles deixam seus pombos voarem no telhado da igreja eas garotas cristãs que passam por ali".
O idoso cristão contou ao CLAAS que, no Natal passado, um dos parentes de Asif jogou fogos de artifício na igreja durante o culto, causando pânico.
"Sob insistência do prefeito e da polícia, o assunto foi encerrado e a reconciliação foi feita", disse ele.
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