A saída de uma pastora da Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ), para integrar outra denominação, resultou em uma disputa judicial movida pela igreja pedindo a reintegração de posse do imóvel onde funciona a igreja liderada pela pastora. O imóvel disputado pelos religiosos está localizado na Vila Ercília, na cidade paulista de São José do Rio Preto.
A pastora Marcia Vilela Costa era titular da unidade Quadrangular que funcionava no local até junho de 2012 quando, após desentendimento com os integrantes da cúpula da denominação, foi afastada da denominação. Desde então o prédio abriga cultos da Igreja Hagnos, da qual a pastora é presidente.
Segundo o jornal Diário Web, desde setembro de 2012 corre na 5ª Vara Cível de Rio Preto um processo para “despejar” a pastora e sua congregação do prédio. Segundo a ação, a pastora está notificada oficialmente desde março do ano passado para devolver o prédio, mas se recusa alegando que é a proprietária. Além da liminar determinando a reintegração de posse imediata, a direção da Igreja Quadrangular exige também que sua ex-pastora pague uma multa de R$ 8 mil a título de perdas e danos de aluguel pela ocupação ilegal do imóvel desde 10 de junho de 2012.
Amadeu Tavares da Silva Filho, advogado da Quadrangular, afirma na ação que se trata de “área invadida”, e que o registro no cartório mostra que o imóvel pertence ao seu cliente. O advogado afirma que “os requeridos por sua vez nunca foram proprietários, e somente utilizavam o local para fins de cultos religiosos, agindo em nome da autora, Igreja do Evangelho Quadrangular, não havendo sequer registro de qualquer contrato, compromisso transferindo-lhes a propriedade ou posse”.
O prédio foi comprado pela superintendência regional da Igreja do Evangelho Quadrangular em outubro de 2006. Época em que Marcia Costa era a pastora titular e, por isso, teria representado a IEQ na negociação.
Em sua defesa, a pastora afirma que a compra do imóvel foi feita com doações de fiéis da congregação e apresentou um termo de compromisso de compra e venda firmado em 1º de julho de 2004 em seu nome. Ela afirma ainda que a compra só foi realizada em nome da Quadrangular porque ela não possuía CNPJ.
A Associação Messe, que representa a Igreja Hagnos que hoje ocupa o imóvel, foi fundada em 2008 e tem sede no prédio que é alvo da disputa.
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