O articulador político e integrante do Grupo de Ação Política da Igreja Batista da Lagoinha, Gilberto Souza analisou diversos pontos do atual cenário político brasileiro em uma entrevista no programa “Mente Aberta” da emissora Rede Super. Dentre eles, o primeiro em destaque foi a tentativa de inserir no Plano de Educação a Ideologia de Gênero para as crianças. Gilberto afirma que juntamente com outros órgãos, o grupo lutou contra tal artimanha política.
“Aqui em Belo Horizonte a gente fez um trabalho muito bacana, juntamente com outros órgãos na questão do Plano Municipal de Educação. Dentre os diversos assuntos que nos debatemos, um deles foi a questão de Ideologia de Gênero que não foi aprovada aqui”, disse.
Questionado pelo entrevistador como se deu a luta, Gilberto responde. "Não era exatamente pelo terceiro banheiro (ele se refere ao projeto de banheiros transgêneros) , mas tinham muitas coisas camufladas. Desde o piso salarial do professor, até o conteúdo programático das escolas”, ressaltou.
“Uma série de assuntos muito importantes para os próximos dez anos da cidade. E dentro de todos esses temas tinham alguns princípios da Ideologia de Gênero, dentro do programa das crianças”, comentou o articulador.
“A gente fez uma análise muito profunda da lei, palavra por palavra mesmo, bastante técnico pra gente não abrir margem para que outras politicas sejam aplicadas dentro desse plano. Então não foi de um artigo específico, mas de uma conjuntura que precisava ser analisada para não deixar brechas”, continuou.
"E é uma ideologia, né? É uma cosmovisão, é como você vê uma realidade. E essa ideologia de gênero, é interessante a sutileza dela, porque parece que nem quem os homossexuais gostaram muito de que ela fosse difundida", comentou o entrevistador.
“As pessoas que olham mais de longe se confundem, como se fosse um tipo de pensamento que vai contra os direitos homossexuais e não é isso. A ideologia de gênero está no campo das ideias que não tem nada ligado à ciência que simplesmente diz que a criança pode escolher se ela é homem ou mulher. Não é algo como na biologia que diz que homem é XY e a mulher XX”, respondeu.
“Teria de escolher o que ela é. E o que a gente sabe é a orientação que é que ai sim a pessoa pelo livre arbítrio tem opção. Mas a questão de ser homem ou ser mulher isso é intrínseco”, acrescentou.
O entrevistador ainda comenta sobre uma certa invasão nos direitos da família. “Essa questão da orientação que ela é ética e moral, mas acaba sendo política, né? Vocês defendem que isso seja feito no espaço família e não na escola”.
“Exatamente, tem a convenção de direitos humanos e ela prevê que a família tem todo o respaldo e direito de escolher a forma de criação dos filhos e essa convenção é um tratado internacional, firmado no Brasil e tem status de lei. Neste caso, não pode uma lei que venha pautar um assunto desses que é entrar na família e tirar esse direito dela que é de criar seus filhos”, pontuou o articulador.
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