"A Igreja precisa de discipulado de qualquer tipo ou forma, esta é de longe a maior necessidade da Igreja", disse Raatig.

Provavelmente a falta de discipulado seja a causa para o não crescimento numérico da Igreja na Tunísia. Cerca de 40% das pessoas que frequentam os cultos são novos convertidos. Como o número de cristãos permanece o mesmo, significa que 40% dos cristãos têm desistido da vida cristã.

Raatig ressaltou o grande interesse no evangelho. "Estatísticas de sites e da TV via satélite demonstram que em 2011 muitos tunisianos pediram mais informação sobre o cristianismo e algumas dessas pessoas foram visitadas", ele disse. "A abertura espiritual é muito maior do que era antes. As pessoas têm tido interesse", concluiu.

"Esse é o tempo de implantar igrejas, de encorajar o discipulado, de abrir instituições de caridade", disse ele com um grande sorriso no rosto.

A Igreja na Tunísia é ainda relativamente pequena. Com uma população de aproximadamente 10 milhões de pessoas há apenas 1500 cristãos tunisianos. "Vemos muitas portas abertas no momento, então mais ceifeiros são necessários para a ceara", ele continua.

Na Tunísia há mais igrejas domésticas do que templos para os cristãos se reunirem. Reunindo-se nas casas, os cristãos desenvolvem relacionamentos profundos. Mas há algum tempo o governo proibiu as reuniões domésticas, autorizando apenas cultos nos templos. Por isso, há mais de uma dezena de grupos clandestinos funcionando no país.

A Portas Abertas apoia a Igreja tunisiana com literaturas, desenvolvimento socioeconômico e treinamento, especialmente discipulado. Treinamos líderes para serem discipuladores em suas igrejas ou cidades, no último ano pudemos treinar 25 cristãos tunisianos.

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