Na quarta-feira, 27 de fevereiro, autoridades da Eritreia prenderam 45 homens e mulheres em uma forte mobilização contra os cristãos que prestam culto a Deus fora dos poucos templos permitidos pelo governo (são eles a Igreja Ortodoxa, Igreja Católica e Igreja Evangélica Luterana). Somente na semana passada, 85 cristãos foram presos no oeste da Eritreia e, se considerado desde janeiro, esse número sobe para 125. Os detidos são todos da mesma comunidade cristã, na cidade de Barentu.
A Portas Abertas foi informada de que a polícia prendeu membros da igreja, levando-os de suas casas e locais de trabalho em plena luz do dia, fazendo-os caminhar pela cidade até a delegacia, enquanto os oficiais os agrediam.
Antes das prisões ocorrerem, o chefe de segurança de Barentu dirigiu uma reunião pública em que alegou aos residentes da cidade que membros de igrejas cristãs têm trabalhado secretamente contra a paz e a unidade da Eritreia. Diante disso, indivíduos que estavam na plateia, ouvindo o discurso, levantaram-se de antemão, cheios de raiva e apelaram ao governo para que "as devidas providências contra os cristãos fossem tomadas".
Apesar disso, tais acusações não receberam o apoio do grande público presente na reunião. Pelo contrário, tão logo o encontro foi finalizado, os participantes alertaram os cristãos quanto à possibilidade de estes serem presos em retaliação ao anúncio falso.
Cristãos disseram à Portas Abertas que não têm desejo algum de prejudicar a paz ou a unidade do país. Muito pelo contrário; como servos do Senhor, eles são instruídos a promoverem e manterem uma vida em paz com todas as pessoas. Apesar da desconfiança do governo, eles continuam em oração por seus líderes e esperam poder honrá-los em todos os assuntos que não os obriguem a agir contra a sua consciência e valores. "Eu amo os meus líderes, oro por eles todos os dias", uma cristã ressaltou.
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