De acordo com o rev. Andudu, seu país é assolado por “crimes contra a humanidade patrocinados pelo governo” que merecem a atenção de Obama.
“Como vítima e sobrevivente de um genocídio, gostaria de lembrar o seu respeitável gabinete que é necessário grande esforço para acabar com as mortes e com as pessoas desabrigadas, restaurando a paz em nossa comunidade que tem sofrido por tantos anos”, escreveu Andudu em carta publicada no jornal Sudan Tribune. “Nosso povo se sente como se o mundo tivesse se esquecido dele. Nós nos perguntamos por que vocês não agiram para acabar com o sofrimento de nosso povo ou do povo de Darfur, que ainda sofre e cuja condição está piorando”.
“Continuamos a ser atacados diariamente. Bombas caem em fazendas e escolas, igrejas e mesquitas, clínicas e mercados. Civis inocentes, mulheres e crianças são mortos durantes seus afazeres diários. Aqueles que sobreviveram, passaram a conviver com um medo constante e, por dois anos, têm morado em cavernas nas montanhas”.
O bispo também lastima as condições do povo que vive nos territórios sudaneses afetados pela guerra, citando as condições de fome nas regiões de Kao Nyaro e Warni, nas Montanhas Nuba. “Se a situação política não for tratada e não houver ajuda humanitária para o povo imediatamente, a catástrofe aumentará até que seja tarde demais”.
Andudu também instou com Donald Booth, enviado dos EUA recém-designado ao Sudão e Sudão do Sul, para que desenvolva uma nova pró-democracia e uma política orientada para a proteção dos civis no Sudão.
Barrado pelas autoridades
Na semana passada, o pedido de visto do presidente do Sudão, Hassan Omer al-Bashir, para comparecer à Assembleia Geral das Nações Unidas virou manchete internacional. À luz da acusação de Hassan pela Corte Penal Internacional por crimes em Darfur, seu pedido foi negado. Uma porta-voz do Departamento de Estado dos EUA não deu indícios de se o visto seria concedido, mas disse: “Nós condenamos qualquer esforço em potencial” de Hassan al-Bashir em comparecer ao encontro das Nações Unidas.
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