Durante a campanha eleitoral deste ano, Jair Bolsonaro foi esfaqueado durante um evento público em Juiz de Fora (MG). Desde então, em diversos momentos foi divulgado que havia ameaças concretas contra sua vida. Isso continuou acontecendo mesmo depois da eleição.
A Polícia Federal (PF) agora investiga um grupo terrorista que se intitula Individualistas Tendendo ao Selvagem (ITS). Através do site “Maldição Ancestral” – hospedado fora do Brasil – eles já anunciaram que colocariam uma bomba ao lado da igreja Santuário Menino Jesus, no centro de Brazlândia, no dia de Natal. O artefato, de fato, foi encontrado e desarmado pela Polícia Militar.
Como o grupo que reclamou a autoria do atentado, tendo postado fotos do artefato explosivo antes de ser levado à igreja, a possibilidade de atentado ao presidente está sendo levada a sério. O ITS sugere em outros textos que tem ligações com facções criminosas.
Parte de uma das publicações diz: “Se a facada não foi suficiente para matar Bolsonaro, talvez ele venha a ter mais surpresas em algum outro momento, já que não somos os únicos a querer a sua cabeça… O Primeiro Comando da Capital e o Comando Vermelho igualmente o querem [Bolsonaro] morto e podem também recorrer a métodos terroristas para isso. Se não for ele, servirá qualquer um de sua equipe, filiados, ou mesmo apoiantes e simpatizantes. Dia 1° de janeiro de 2019 haverá, aqui em Brasília, a posse presidencial. Estamos em Brasília e temos armas e mais explosivos estocados”.
O governo anunciou que tomou uma série de medidas de segurança para a posse. Por exemplo, serão posicionados atiradores de elite no terraço do Palácio do Planalto e demais monumentos da Praça dos Três Poderes: Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF). As pessoas que assistirão à cerimônia não poderão carregar bolsas, mochilas, máscaras e fogos de artifício.
Investigação aberta
O site Metrópoles, do Distrito Federal noticiou que “um inquérito foi aberto para investigar os crimes sob jurisdição da PCDF – o caso da bomba e ameaças contra padres da cidade que se manifestaram favoravelmente a Jair Bolsonaro no período eleitoral”.
“Demos início às apurações para localizar os autores que deixaram a bomba ao lado da igreja. No caso dos ataques a Bolsonaro, caberá à PF conduzir as investigações”, explicou o delegado-chefe da 18ª DP, Adval de Matos.
Quando identificados, os integrantes do grupo podem ser enquadrados na Lei Antiterrorismo. A pena prevista é de 12 a 30 anos de prisão. Esse tempo que pode aumentar por causa dos crimes associados, como ameaças e tentativa de detonar artefato explosivo.
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