Quem quiser se estabelecer na Grã-Bretanha tem o dever de se integrar e aceitar os valores do país, disse o primeiro-ministro Tony Blair na sexta-feira.
Blair disse que o governo vai tomar uma série de medidas para incentivar os imigrantes e as minorias a se misturarem ao resto da sociedade britânica.
Ele disse que a imigração é boa para o país e que a hospitalidade de Londres para com tantas nacionalidades a torna talvez a capital mais popular do mundo.
Mas protegemos esta atitude defendendo-a. Nossa tolerância é parte do que faz da Grã-Bretanha a Grã-Bretanha. Então se adequem a isso, ou não venham para cá. Não queremos pessoas que promovam o ódio, seja qual for sua raça, religião ou credo, disse Blair a uma platéia de acadêmicos, estudantes e líderes muçulmanos.
A Grã-Bretanha passou a rever suas atitudes em relação a minorias raciais e religiosas depois dos atentados do ano passado contra os transportes públicos de Londres, cometidos por quatro cidadãos britânicos de origem islâmica.
O governo puniu pregadores que estariam inspirando militantes suicidas, mas especialistas dizem que o foco do governo sobre o Islã pode ter efeito contrário caso os 1,8 milhão de muçulmanos do país se sintam perseguidos.
Blair anunciou que os estrangeiros que desejem viver na Grã-Bretanha terão de fazer exames de inglês, e que grupos étnicos e religiosos que busquem verbas públicas terão de demonstrar que promovem a integração.
Além disso, segundo Blair, não há hipótese de a Grã-Bretanha permitir que grupos minoritários sigam suas próprias leis religiosas, em detrimento da lei civil nacional.
A imprensa britânica diz que há tribunais tomando decisões sobre divórcios e disputas de vizinhos, e que existe até um tribunal somali extra-oficial lidando com questões criminais em Londres. Devemos exigir obediência ao Estado de direito, disse Blair.
Para combater casamentos forçados, o governo vai fazer consultas sobre elevar a idade mínima para o matrimônio, que atualmente é de 18 anos, afirmou o primeiro-ministro.
A população britânica cresceu cerca de 500 pessoas por dia em 2005, em grande parte porque o número de novos imigrantes superou o de pessoas que deixam o país, segundo estatísticas oficiais divulgadas em novembro.
Blair disse que não há por que abrir mão da Grã-Bretanha multicultural, em que diferentes comunidades vivem lado a lado.
Pelo contrário, devemos continuar celebrando-a. Mas precisamos, diante do desafio aos nossos valores, reafirmar também nosso dever de integrar, declarou.
As relações raciais também são um assunto importante em outros países europeus. A França proibiu o uso de véus islâmicos e de outros símbolos religiosos em escolas públicas, enquanto a Holanda decidiu no mês passado proibir o uso dos véus em qualquer ambiente público. A Grã-Bretanha também discute esse item da indumentária feminina muçulmana.
Blair, que anteriormente qualificava o véu de marca de separação, disse na sexta-feira que o bom senso manda que quando é parte essencial do trabalho de alguém se comunicar diretamente com as pessoas, poder ver seu rosto é importante.
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