CHINA – Três parques de Pequim (Beijing) foram escolhidos pelo governo chinês como locais “oficiais” para manifestações durante a Olimpíada, mas quem quiser protestar contra alguma coisa ainda terá que obter autorização prévia das autoridades. Apesar de “liberar” locais, o governo chinês não pretende liberar qualquer tipo de manifestão durante os Jogos Olímpicos.
Os “protestódromos” serão os parques Ritan, Shijie e Zi Zhu, localizados em diferentes regiões da cidade. Mas é pouco provável que manifestações contrárias aos interesses do governo chinês ocorram durante a Olimpíada.
O porta-voz do Departamento de Segurança do Comitê Olímpico de Pequim, Liu Shaowu, ressaltou que só serão admitidos protestos realizados nos termos da legislação chinesa e que tenham sido aprovados previamente.
Aprovação prévia de protesto?
As regras em vigor proíbem qualquer ato que ameace a segurança nacional, expressão ampla o bastante para incluir manifestações pró-Tibete ou relacionadas à falta de liberdade religiosa, especialmente no caso da seita Falun Gong, banida nos anos 90.
Segundo Shaowu, serão proibidas as manifestações de atletas dentro das instalações olímpicas que tenham caráter de propaganda “étnica, política e religiosa”, nos termos da Carta Olímpica. O texto da carta é sutilmente distinto e fala de propaganda política, religiosa ou racial, que tem uma conotação distinta de étnica.
Ao dar uma interpretação própria para as regras olímpicas, as autoridades de Pequim têm como alvo principal eventuais demonstrações de apoio ao Tibete, onde ocorreram em março os mais violentos protestos contra o governo chinês das últimas duas décadas.
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