A agência de notícias “Angola Press” publicou ontem a informação de que o governo de Luanda, na Angola, decidiu criar uma comissão regional para analisar o fenômeno do crescimento religioso, devido ao surgimento de cerca de 800 novas congregações chamadas de “ilegais” e que no entendimento das autoridades “atentam contra a ordem”.
O fato foi anunciado ao final de uma reunião entre o governador de Luanda, Job Capapinha, e os ministros da Justiça, Interior e da Cultura, respectivamente, Manuel Aragão, Roberto Monteiro Leal (conhecido como Ngongo) e Boaventura Cardoso, para analisar “o fenômeno religioso na capital”.
Segundo o porta-voz do encontro e também diretor regional de Cultura, Manuel Sebastião, a lei consagra o direito de opinião e de consciência de culto desde que sejam respeitados os estatutos.
No entanto, ele ressaltou que “o surgimento de cerca de 800 igrejas ilegais com práticas e condutas duvidosas preocupa”.
Manuel Sebastião disse que estão reconhecidas cerca de 80 igrejas e perto de 12 associações cristãs em Luanda.
As igrejas tidas como “ilegais”são aquelas que não foram oficialmente registradas e aceitas pelo governo local.
Segundo ele, muitas igrejas se apresentam como propagadoras do Evangelho, mas se dedicam ao comércio e outras atividades, alterando a ordem e a maneira de ser e estar dos luandenses.
A situação é insustentável, sublinhou, “porque realizam cultos em locais impróprios, constroem de forma anárquica e sem autorização, transformam residências em igrejas, violam a ordem e o sossego dos cidadãos”.
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