Promessa de campanha de Jair Bolsonaro, a mudança da embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém continua no campo das ideias. Apesar de o chanceler Ernesto Araújo já ter se manifestado favorável, nenhuma ação prática nesse sentido foi tomada até agora.
As constantes ameaças de que a decisão poderia trazer prejuízos ao país, por conta de um boicote de países árabes aos produtos brasileiros exportados para a região tampouco se concretizaram. Até agora, a única manifestação oficial foi uma nota contrária do ministro dos negócios estrangeiros do Catar.
Nos bastidores, o Itamaraty costura uma aproximação com Israel sem precisar enfrentar retaliações do mundo árabe. O primeiro passo foi a assinatura de uma série de acordos com os Emirados Árabes Unidos (EAU) durante a visita do sheik Abdullah Bin Zayed Al Nahyan, ministro dos negócios estrangeiros daquele país. Ele teve reuniões no Itamaraty e no Palácio do Planalto, onde conversou pessoalmente com o presidente Jair Bolsonaro.
Isso sinaliza um realinhamento com os países árabes do Golfo Pérsico, que vem diminuindo sua histórica oposição a Israel motivado pelo crescente antagonismo do Irã (xiita) com a Arábia Saudita (sunita), que tem maior influência no Oriente Médio. O governo iraniano mantém um discurso ostensivamente anti-Israel, sendo acompanhado pela Turquia.
Bolsonaro estará em viajem oficial a Israel entre os dias 31 de março e 2 de abril. Não há indicativos de nenhum anúncio sobre a embaixada, mas ele deve reforçar os laços com o Estado judeu.
Mudanças na região beneficiam Israel
Analistas veem que diferentes países do Golfo estão aproximando-se de Israel. Desde o fim da Guerra dos Seis Dias, em 1967, os países árabes exigem que os israelenses abandonem o que chamam de “territórios palestinos ocupados”. Isso incluiria a porção Oriental de Jerusalém, reivindicada como capital pela Autoridade Palestina.
Contudo, nos últimos anos a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos vem dando demonstrações de aproximação com Israel, fortemente influenciados pelos Estados Unidos.
O governo de Donald Trump vem trabalhando para apaziguar a situação no Oriente Médio, tendo prometido para breve o “Acordo do Século” entre Israel e Palestina. Mas o texto final não deve ser anunciado antes das eleições em Israel, em 9 de abril.
Deixe seu Comentário abaixo:
O Seminário Gospel oferece cursos livres de confissão religiosa cristã que são totalmente à distância, você estuda em casa, são livres de heresias e doutrinas antibiblicas, sem vinculo com o MEC, são monitorados por Igrejas, Pastores e Teólogos de Grandes Ministérios totalmente baseado na Santa Palavra de Deus, ao final você recebe DOCUMENTAÇÃO INTERNACIONAL valida no âmbito religioso.