O governo venezuelano e a Assembléia Nacional do país iniciaram uma ofensiva contra as escolas religiosas e principalmente contra a Igreja Católica, uma das instituições mais críticas à reforma constitucional do presidente Hugo Chávez.
Uma resolução aprovada na sexta-feira (dia 16) pelos parlamentares e apoiada pelo Palácio Miraflores determina que todas as escolas católicas deverão ser investigadas para se saber se o documento da Conferência Episcopal da Venezuela, divulgado na semana passada e crítico à reforma, foi distribuído aos alunos.
Os colégios que porventura tiverem divulgado o texto serão fechados.
” A distribuição do documento aos alunos constitui propaganda política dentro das unidades de ensino. Por isso, vamos punir com severidade as escolas religiosas que cometeram esse tipo de irregularidade contra as leis eleitorais do país”, afirmou a presidente da Assembléia Nacional, Cilia Flores, aliada de Chávez.
De acordo com diretores de escolas religiosas venezuelanas, é procedimento habitual de muitas delas o envio a pais e alunos de alguns documentos da Conferência Episcopal, o que pode fazer com que muitas unidades fechem as portas, deixando milhares de alunos sem aulas.
Segundo o deputado de oposição Ismael Garcia, a medida da Assembléia Nacional é arbitrária, pois os documentos da Igreja não podem ser considerados propaganda política.
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