O tribunal em Yangon condenou Aung San Suu Kyi a “três anos de trabalho forçado”. No entanto, a medida foi permutada – atendendo a ordens de Than Shwe, líder da ditadura militar em Mianmar – a 18 meses de prisão domiciliar.
A sentença trouxe um fim ao processo contra a líder da oposição, a Liga Nacional para a democracia (NLD, em inglês), controlada desde o início pelo regime, com o objetivo de prolongar a sentença da “senhora”. De maneira inesperada, o tribunal permitiu que os jornalistas estivessem presentes na leitura do veredicto.
Depois da leitura da sentença, houve uma pausa de cinco minutos. Então, o ministro de assuntos internos entrou na sala de audiências e leu uma ordem especial de Than Shwe, que decidiu a troca da sentença para “18 meses de prisão domiciliar”.
Desde o início, o caso parecia um truque “estrategicamente elaborado” da junta militar para condenar novamente a líder da oposição. A ditadura está no poder em Mianmar desde 1962, e acusou Aung San Suu Kyi para impedir que ela participe das eleições parlamentares marcadas para 2010. Os 18 meses de prisão domiciliar estão no limite do tempo suficiente para excluir a principal candidata da oposição – que ganhou as eleições em 1990.
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