Autoridades de segurança já a procuravam há um tempo, pois sabiam tratar-se de cristã ativa, pertencente à igreja subterrânea. Inicialmente, Gabrielle foi mantida em confinamento solitário. Oficiais a interrogaram e torturaram, a fim de fazê-la desistir de sua fé em Cristo. Os agentes também queriam nomes de outros cristãos.
Graciosa e de estrutura mignon, quem a vê pode subestimar sua força interior. Apesar da agonia pela qual passou, Gabrielle recusou-se a negar a Cristo ou trair seus irmãos na fé. Ela fez com que seus interrogadores entendessem que considerava uma honra enfrentar "todas as consequências" de sua fé em Cristo; estando disposta a morrer por ele.
Sua recusa enfureceu os policiais e a tortura continuou. Porém, quando perceberam que a tática não estava funcionando, resolveram encontrar maneiras de induzi-la a negar a Cristo. A oportunidade surgiu quando o pastor de Gabrielle visitou a prisão. Ele disse ser um membro da família de um dos presos, mas os policiais perceberam tratar-se de um pastor e o prenderam.
Os agentes disseram então à Gabrielle: "Detivemos seu pastor. Mesmo antes de passar pelo castigo físico "desnecessário", ele admitiu estar equivocado quanto a crer em Cristo, dizendo também ter enganado você e outros do grupo. Ele negou a Cristo e expressou grande pesar sobre a segui-lo no passado. Se ele então, como seu pastor, percebeu este grande erro a respeito de Jesus e concordou em deixá-lo, o que você está esperando para fazer o mesmo?".
O militar ainda constrangendo-a disse: "você seguia a este homem que faz parte de um movimento de cristãos radicais. Queremos que você continue a segui-lo. Seu líder também deseja que você o faça; ele nos disse isto. Então, o que acha?".
Gabrielle não hesitou em sua resposta. "não acredito que meu pastor negaria seu Salvador. Mesmo que ele o tenha feito, não negarei meu Senhor e Redentor. Não sigo meu pastor; sigo a Cristo, meu Senhor".
Como punição, a cristã foi transferida para circunstâncias de encarceramento ainda mais duras. Ela ficou lá por um ano. Após esse período, o Senhor interveio e Gabrielle foi liberada sem negar a Cristo. Um grupo de pastores lhe visitou secretamente alguns dias após sua soltura e nos relatou com alegria a coragem da moça.
"Visitamos Gabrielle já em casa. Quando se levantou para nos receber, notava-se claramente o quanto ela havia emagrecido na prisão. Podíamos ver que ela tinha sofrido muito. Porém, apesar da fraqueza, Gabrielle olhou para nós como se fosse um soldado que voltara da guerra vitorioso! Sua alegria era muito grande e visível. Pedimos-lhe para nos dizer o que passou. Em vez de desfiar um rosário de desgraças, raiva ou medo, ela simplesmente disse: "Foi uma lua de mel com Jesus!"
A Eritreia ocupa o décimo lugar na Classificação de países por perseguição Em maio de 2002, as autoridades da Eritréia ordenaram imediato fechamento de todas as igrejas não registradas. Nos anos seguintes, centenas de cristãos têm sido presas e torturadas.
Pedidos de oração
Louve a Deus pela resiliente fé de Gabrielle e seu fiel testemunho.
Continue orando pela sustentadora graça de Deus aos evangélicos eritreus, que vivem sob constantes perigos e perseguições.
Peça por consolo a milhares de outras pessoas que saíram daquele país e vivem como refugiados em todo o mundo.
*Um pseudônimo foi usado para proteger a identidade dessa cristã.
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