Fundamentalistas hindus começaram um ataque contra a Igreja Católica na Índia nas últimas semanas, particularmente no reduto católico de Jhabua, Estado de Madhya Pradesh, e na região mais sofisticada de Goa.
Os ataques estão diretamente ligados à política de conversão dos dois Estados.
A Conferência dos Bispos Católicos da Índia (CBCI) denunciou o potencial mau uso de leis anti-conversão em sua 26 a reunião geral bi-anual, realizada em Kerala no dia 7 de janeiro.
O arcebispo Cyril Mar Baselios, com outros funcionários, insistiu em que a igreja não se opunha à introdução de leis contra a conversão forçada. Entretanto, ele disse que deveriam ser postas em prática salvaguardas para garantir que as leis não fossem usadas para discriminar os assim chamados convertidos.
Baselios enfatizou que tais leis não afetariam a Igreja Católica porque as conversões forçadas não estavam nos planos da igreja. Ele disse que ninguém podia negar o direito a uma pessoa de converter-se ao Caminho de Deus de acordo com sua consciência.
Baselios disse que estava disposto a discutir o assunto com organizações hindus, como o Vishwa Hindu Parishad (VHP), o Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS) e o Bajrang Dal. Ele esperava que essas discussões viessem a garantir que não existe sequer a insinuação de que a Igreja Católica esteja tentando favorecer a conversão forçada.
Os fundamentalistas hindus, já com pendências com a igreja católica, reagiu fortemente a esses comentários. Em meados de janeiro, o VHP exigiu que fosse feito um inquérito sobre os bens da organização das Missionárias de Caridade Madre Teresa. Exigiu também saber o paradeiro de 53.000 crianças matriculadas nas escolas, ashrams e outras instituições administradas pela beneficência.
Madre Teresa administra as Missionárias da Caridade no país somente para converter as pessoas, disse Mohan Joshi, secretário do VHP central, em 17 de janeiro. Não há indício de para onde tenham ido as 53.000 crianças.
Os sentimentos anti-católicos são fortes em Jhabua, Madhya Pradesh, um dos cinco Estados indianos que adotou a lei anti-conversão. No dia 13 de janeiro, uma menina de 9 anos foi encontrada estuprada e assassinada nas dependências de uma escola missionária católica, provocando grandes protestos no distrito. (ver reportagem Cidade Indiana em Alvoroço Devido a Morte de Menina de Nove Anos, Compass de 22 de janeiro).
As autoridades do governo acreditam que o incidente foi uma conspiração bem planejada contra a escola católica. Um homem hindu foi detido mais tarde por causa do estupro. Entretanto, nenhuma ação foi tomada contra o chefe distrital do VHP, Khum Singh, que liderou uma multidão enraivecida à escola para atacar padres e vandalizar a propriedade da escola no dia 14 de janeiro.
Enquanto isso em Panaji, capital de Goa, Estado conhecido como A Roma do Oriente, um bloco de pedra esculpida encontrada na propriedade do palácio episcopal, levantou controvérsia.
Trinta por cento dos cidadãos de Goa são católicos. Entretanto, os fundamentalistas hindus há muito fazem campanha para assumirem a posse de várias igrejas portuguesas em Goa, que eles alegam terem sido construídas sobre as ruínas de antigos templos hindus.
De acordo com o chefe do RSS, Raju Velingkar, a pedra recentemente encontrada no palácio episcopal é parte de um Shiv Lingam (imagem de um pênis) do deus hindu Shiva, considerado objeto sagrado pelos hindus.
O padre Olavo Velho Pereira, diretor do Centro Diocesano para os Meios de Comunicação, disse que estava em andamento um processo para determinar a autenticidade da pedra.
Fontes da arquidiocese disseram temer que, se a pedra de fato provasse ser uma relíquia do antigo templo, os ativistas hindus poderiam reivindicar o próprio palácio episcopal.
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