Uma funcionária da companhia aérea British Airways, em Londres, perdeu um recurso em um processo interno da empresa para poder usar um colar com uma cruz.
A British Airways exige que seus funcionários uniformizados não exibam itens pessoais - como jóias e acessórios. Esses objetos só podem ser usados abaixo do uniforme, de acordo com o estatuto da British.
A funcionária Nadia Eweida, de 55 anos, que trabalha no balcão de embarque da companhia, afirma que a cruz é um símbolo religioso, e que a Birtish Airways permite que muçulmanas usem véus.
No entanto, a companhia ressalta que esses itens só são permitidos porque não podem ser escondidos abaixo do uniforme dos funcionários.
Apoio da igreja
A funcionária está em licença não-remunerada desde que decidiu usar o colar. Nesta segunda-feira, ela recebeu da companhia aérea a informação de que seu recurso foi recusado.
"Estou desapontada, mas esperando pela próxima fase, porque a cruz é importante e a verdade precisa ser revelada", afirmou a funcionária.
Ela tem sete dias para apresentar novo recurso contra a decisão.
Em seu processo, Nadia Eweida recebeu o apoio do arcebispo de York, na Grã-Bretanha, John Sentamu, a segunda maior autoridade da Igreja da Inglaterra.
A British Airways emitiu uma nota dizendo que todos os 34 mil funcionários da empresa cumprem a regra sobre os uniformes.
A companhia também disse que ofereceu um cargo à Nadia em que ela não teria de usar o uniforme oficial da empresa e, portanto, poderia exibir seu colar, mas que a funcionária recusou a oferta.
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