Um grupo de extremistas islâmicos raptou e estuprou uma garota de 13 anos, filha de um pastor local, do distrito de Mymensingh. O pastor Motilal Das, da Igreja Unida Betânia, disse que por volta das três horas da manhã do dia 2 de maio, os estupradores violentaram sua filha, Elina Das, e a deixaram inconsciente em frente de sua casa. Eles fizeram isso para tentar fazê-lo desistir de seu ministério no subdistrito de Fulbaria, a cerca de 120 km ao norte da capital.
Ele disse que há muito tempo vinha sofrendo por causa de seu ministério e do evangelismo, e já havia sido ameaçado de morte por diversas vezes. “Eu não dei atenção às ameaças e continuei a pregar e evangelizar, sempre em oração. Já que nada podia me parar, eles tentaram me envergonhar com esse estupro diante da comunidade para que eu fosse embora.”
Motilal Das foi o primeiro cristão da região, ele se converteu em 1986 e, desde então, tem sido uma peça fundamental no crescimento daquela localidade. Doze igrejas foram abertas e os cristãos já passam de 250, portanto, o pastor diz que é certo que esse estupro ocorreu para impedir seu ministério. “De outra forma, por que fariam isso com uma garota tão pequena?”, questionou ele.
Sua filha era a única estudante cristã em sua escola, e por isso, ela sempre sofreu com a perseguição, sendo ofendida com palavras duras e maliciosas. Os policiais disseram que ela foi rendida, amarrada com seu xale e presa próxima a um banheiro, a 400 metros de sua casa, e, ali, ela foi estuprada por cinco homens.
Ameaças de morte
Motilal Das disse que os prováveis suspeitos do ataque e os amigos deles os observavam enquanto ele ia prestar queixa na delegacia. O pastor relatou que eles o advertiram que se a queixa não fosse retirada, eles prejudicariam sua família de alguma forma. “Eu recebi diversas ameaças de morte, e eu, minha esposa, filha e filho, tivemos que passar dois dias e uma noite na delegacia para nos proteger.”
Elina Das identificou dois dos estupradores e disse que conseguiria identificar os outros se os visse. A polícia prendeu Shebul Miah, 22 anos, e Dulal Miah, 32 anos. Inicialmente, a polícia não queria registrar o caso, pois dizia que era falso.
O pastor Sento Mir, da Assembléia de Deus, pediu que o presidente da igreja estimulasse a abertura de caso pelos policiais. Quando ele entrou em contato com a delegacia, as queixas foram registradas.
A família foi desaconselhada a voltar para casa por causa dos diversos problemas que enfrentariam, e da humilhação e perseguição que sofreriam devido ao incidente.
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