Um grupo de militantes muçulmanos, que havia pronunciado uma sentença de morte contra uma família cristã porque um de seus membros vendia carne de porco, atacou Emma Osagie patriarca da família, de 57 anos.
No dia 15 de julho, os extremistas foram à casa dele na cidade de Ikorodu, no estado de Lagos, procurando por sua filha de 16 anos, Bridget Osagie.
"Felizmente nós já a tínhamos mandado para um esconderijo", disse o ancião. "Fui espancado, mas a intervenção dos nossos vizinhos cristãos me salvou a tempo. Os militantes juraram voltar."
Osagie disse que relatou o ataque à polícia, mas nada foi feito. Ele afirmou ainda que os ataques à família e a sentença de morte aconteceram apesar do fato de sua filha nunca ter vendido carne de porco.
O grupo atacou a família várias vezes desde que os muçulmanos de Ikorodu acusaram a filha de Osagie de vender porcos, violando a lei islâmica (sharia). Eles fizeram a acusação em 1993 - quando a filha tinha apenas 4 anos.
Os extremistas já espancam cada membro da família, mas as autoridades não fazem nada para protegê-los ou prender os responsáveis. A sharia não está em vigor no em Lagos, que fica ao sul, mas vigora em 12 estados do norte do país.
"Meu medo é que em qualquer lugar que eles encontrem minha filha eles a matem", acrescentou Osagie. "Somos forçados a escondê-la. Ela não pode ir a escola, freqüentar a igreja ou sequer sair de casa".
O pastor da família, reverendo John Alabia, tentou intervir, sem sucesso. "Ele até conseguiu um encontro com os líderes muçulmanos daqui, em que decidimos dialogar com eles sobre a questão", disse Osagie. "Mas eles estão determinados a matar os membros da nossa família".
A família entrou com um pedido junto ao governo da Nigéria para resolver o problema, mas o governo não deu a devida atenção ao fato.
"Se algo não for feito urgentemente para deter a ameaça desses militantes muçulmanos, nossa vida não estará em segurança em Ikorodu", disse ele ao Compass.
Os líderes muçulmanos da região de Ikorodu não quiserem falar ao Compass.
Vinte estados do norte da Nigéria declaram-se sujeitos à sharia, apesar da constituição do país proibir sua aplicação em casos criminais. Ela pode ser aplicada apenas em questões domésticas, tais como casamentos e heranças. Aproximadamente metade da população nigeriana de 128,8 milhões de pessoas é muçulmana e quase 40 por cento são cristãos. O restante é composto por animistas e praticantes de outras religiões indígenas.
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