Mohsen Namvar, Tina Rad e Makan Arya foram presos, ameaçados e torturados pelas autoridades iranianas por causa de sua fé. Abba Amiri e Sakineh Rahnama chegaram a morrer como resultado da tortura. E eles não são os únicos. Muçulmanos iranianos convertidos são colocados sob grande pressão pelas autoridades. Este é o motivo pelo qual o treinamento e discipulado são desesperadamente necessários.
O ex-muçulmano Mohsen Namvar, 44, teve de deixar o Irã. Ele está na Turquia, junto com sua esposa e seu filho pequeno, esperando o status de refugiado. Mohsen ficou preso durante um mês, antes de ser libertado por causa de seu estado de saúde. Ele teve febre alta, fortes dores lombares, pressão arterial extremamente alta e tremores nas mãos e pernas. A memória dos fatos recentes o torna depressivo, e ele não consegue falar sobre sua prisão.
"Eu não tenho nenhuma dúvida de que quiseram me assassinar. Eles me interrogaram severamente porque eu não estava fornecendo os nomes de outros ex-muçulmanos e porque eu não lhes dei informação sobre igrejas domésticas”, diz Mohsen.
Execução
O islamismo é a religião oficial e única no Irã. Os regulamentos no país estão em linha com a sharia (lei islâmica), que proíbe os muçulmanos de se converterem a outra fé. Quando partidos conservadores ganharam a eleição em 2004, a liberdade religiosa deteriorou-se mais ainda.
Desde o começo deste ano, as autoridades têm desejado elevar ainda mais o tom da legislação, de forma que a execução seja o único castigo para muçulmanos que se convertem a outra religião. Enquanto essa lei não é aprovada, os cristãos, às vezes, são tratados tão severamente que morrem dos seus ferimentos.
Isso aconteceu a Abba Amiri e sua esposa Sakineh Rahnama, ambos com mais de 60 anos de idade. Eles foram agredidos por policiais quando estavam reunindo outros cristãos em sua casa em Malek Shahr, nos arredores da cidade de Esfahan. Eles tiveram que ser levados a um hospital para tratamento. O tórax de Amiri foi severamente contundido e ele morreu no dia 30 de julho. A esposa, Rahnama, morreu quatro dias depois, em razão de seus ferimentos e de sua tristeza.
Tina Rad, 28, e seu marido Markan Arya também foram detidos e torturados física e psicologicamente durante quatro dias. As autoridades ameaçaram prender sua filha Odzhan, de 4 anos, em uma “instituição”. Tina Rad foi acusada de “atividades contra a santa religião do Islamismo” porque estava lendo a Bíblia com muçulmanos. Ela e o marido tornaram-se cristãos no começo deste ano. Quando Tina foi libertada, depois de quatro dias presa, ela estava tão machucada que não conseguia caminhar. Disseram-lhe: "Se você não parar com o "seu Jesus", da próxima vez nós a acusaremos de apostasia."
Isolado
Calcula-se que há, aproximadamente, 250 mil cristãos vivendo no Irã, e que são restringidos em tudo o que fazem. Nem mesmo os cristãos armênios e sírios, que têm permissão para praticar o cristianismo no Irã, têm autorização para evangelizar. Eles não têm autorização para receber muçulmanos em suas igrejas e obviamente são proibidos de batizar convertidos. Ex-muçulmanos não têm permissão para se reunir, possuir uma Bíblia ou falar sobre sua fé. Mesmo assim o número de “cristãos secretos” tem aumentado consideravelmente.
Muitos muçulmanos estão procurando a verdade e a encontram até mesmo sem contato com cristãos. Eles ouvem o evangelho através de televisão por satélite ou internet.
Esse é o motivo pelo qual a Portas Abertas vem usando tais meios, além da distribuição de Bíblias e livros cristãos. Mas cursos de treinamento também estão se tornando cada vez mais importantes para a Igreja iraniana. A demanda por treinamento e discipulado é especialmente grande, de acordo com Sandra (pseudônimo). "Nós freqüentemente conhecemos cristãos que não têm nenhum conhecimento da fé cristã”, ela diz. "Um deles veio para a fé por meio de um sonho sobre Jesus. Durante um ano, ele não conheceu nenhum outro cristão e não teve uma Bíblia. Ele só orou a quem ele tinha visto em seu sonho."
Desconfiança
Um curso de treinamento e discipulado consiste em um número de seminários que trabalha com diversos livros. O primeiro livro é sobre a base da fé. Perguntas como: “Como a Bíblia se formou?”, “Quem é Jesus?”, “Como o mundo foi criado?” e “Quem é Deus?” são levantadas. Os outros livros são sobre a relação entre Deus e os homens e sobre ser um cristão.
“Muçulmanos convertidos aprendem primeiro como eles podem ter um tempo devocional”, diz Sandra. “Os muçulmanos recitam orações decoradas e aprendem o Alcorão de forma mecânica. Mas como orar como um cristão? Como ler a Bíblia? Nossos cursos tratam de discernimento, não sobre repetir o que o professor fala ou copiar um livro."
Um seminário assim traz bastante tensão para os ex-muçulmanos. "Eles têm medo de falar sobre seu íntimo", conta Sandra. “Havia uma mulher que não queria que soubessem de onde ela veio. Um homem disse: "Convide a mulher de Esfahan para se unir a nós". Mas a mulher respondeu: "Que mulher é essa?" enquanto ela mesma tinha vindo de Esfahan. O homem tinha reconhecido o seu sotaque, mas mesmo assim ela negou de onde veio. Grande parte deles é reservada e adota uma posição defensiva: ‘Eu posso confiar nessas pessoas? O que eles querem de mim?’"
Há também desconfiança de ocidentais. A propaganda iraniana é fortemente dirigida contra o ocidente.
"Quando eles são ensinados por ocidentais, eles têm freqüentemente a atitude: ‘Aí está você, mais um que pensa que sabe tudo". Este é o motivo pelo qual durante os cursos, eles são desafiados a achar as respostas por conta própria. Iniciantes acham isso difícil, porque ainda não conhecem muito bem a Bíblia, mas, junto com leitores mais experientes, eles têm conseguido”.
Um dos participantes disse sobre isso: "A Bíblia é nossa fonte mais importante de ensinamento e treinamento, então continuem a usar a Bíblia em seus seminários!”.
Unidade
Depois do primeiro seminário deste tipo, a desconfiança desaparece. "Ao término da semana, eles dizem adeus como se conhecessem um ao outro por anos", relata Sandra. "Eles choram e se abraçam". Os cristãos iranianos acham difícil experimentar a unidade com cristãos ao redor do mundo.
Sandra comenta: "Eles vêem muito pouco disso. Mas, em parte, eles são dependentes dos cristãos ocidentais. ‘Nós precisamos de orações’, eles dizem. Então continuem orando pelo Irã."
Muitos muçulmanos iranianos acham em Jesus o amor que sempre haviam procurado e o seguem apesar da perseguição severa. Muitos dizem: “Minha conversão é a melhor coisa que já aconteceu comigo”.
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