No dia 13 de março, o exército de Mianmar invadiu e saqueou a Igreja Batista Sin Lum Pang Mu, na aldeia de Pang Mu, no distrito de Bhamo, norte do país
Segundo o reverendo Maw Gam Jangmaw, pastor da Igreja Pang Mu, os soldados do 33º batalhão da 88ª Divisão de infantaria queimaram bíblias, destruíram propriedades da igreja, roubaram um aparelho de vídeo, alto-falantes e pertences de moradores. Os soldados alegaram que a propriedade pertencia a um posto avançado do Exército de Independência de Kachin*. Eles também levaram dinheiro de doação do caixa da igreja.
O pastor e mil membros da igreja da aldeia Pang Mu abandonaram o campo de refugiados Yang, na aldeia Mai Já, em 19 de novembro de 2011.
Em 10 de março, soldados do Exército Birmanês* interromperam uma conferência cristã e ameaçaram um membro do Parlamento (MP) no Estado Chin, na Birmânia Ocidental, de acordo com a Organização de Direitos Humanos Chin (CHRO).
Mais de mil delegados de 80 filiais locais da Igreja Evangélica Mara (Chin) na aldeia de Sabawngte, no sul do Estado Chin, reuniram-se para a conferência, que teve permissão oficial. A CHRO relata que vários soldados do exército interromperam a reunião e repreenderam o chefe da aldeia por não informar às autoridades sobre o evento. Quando Pu Van Cin, um deputado do Partido Nacional de Desenvolvimento Étnico, viu os soldados confrontando o chefe da aldeia, tentou intervir, mas foi ameaçado com uma arma.
Bento Rogers, líder da equipe oriental Christian Solidarity Worldwide (CSW) na Ásia, disse: "Estes incidentes mostram que ainda há um longo caminho a percorrer no processo da reforma política de Mianmar, e por essa razão, a comunidade internacional deve ser cautelosa quanto às sanções que faz ao país. Temos visto uma evolução em nosso país em algumas áreas nos últimos meses, mas o Exército de Mianmar continua a violar gravemente os direitos humanos, principalmente em áreas etnicamente delimitadas, nisso podemos incluir a discriminação e a perseguição religiosa das minorias.
A liberdade religiosa é um valor fundamental em qualquer sociedade democrática, e por isso, se o governo birmanês quer uma reforma séria, deve proteger a liberdade religiosa das minorias. Pedimos à comunidade internacional que acompanhe atentamente a situação das minorias em nosso país. Embora seja certamente direito de aliviar algumas sanções, em reconhecimento dos progressos realizados, pedimos à União Europeia, Estados Unidos e os outros a fazê-lo gradualmente, passo a passo, e que mantenha algumas sanções até que uma verdadeira mudança ocorra.
Em Rangun e nas áreas urbanas há uma mudança atmosférica, mas não institucional, legislativa e constitucional que vai fazer da reforma irreversível. Nas áreas etnicamente delimitadas, os crimes contra a humanidade continuam. Apelamos a presidente Thein Sein e todos os funcionários reformistas do governo birmanês para tomar medidas para acabar com os abusos dos militares, e para proteger os direitos humanos, incluindo a liberdade religiosa, para todos”.
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