Quando o Pastor Perry Noble decidiu confessar que estava com problemas de alcoolismo e se afastou da Igreja NewSpring, muitos cristãos ficaram surpresos. Ele é uma grande personalidade no mundo evangélico e tinha uma enorme igreja que só crescia a cada dia, além de ser respeitado por todos.

Mas Noble estava lutando contra o vício do álcool. Desde então, ele tem sido incrivelmente aberto sobre suas lutas, e escreveu um artigo falando sobre algumas lições que aprendeu durante esse tempo.

1. Eu escolhi o isolamento ao invés da ajuda da comunidade

"Eu era um hipócrita. Pregava: ‘Você não pode viver sozinho’ e em seguida eu saia e fazia o oposto. Sim, as Escrituras dizem que devemos buscar a solidão de vez em quando. No entanto, a solidão pode ser um alívio em alguns momentos, mas o isolamento é destrutivo. O isolamento foi onde a auto-piedade dominou meu pensamento, justificando o meu problema com o álcool. O isolamento foi onde a auto-dúvida dominou minhas emoções, me fazendo acreditar que eu simplesmente não podia suportar mais aquele peso”, escreveu.

“O álcool era necessário para que eu pudesse viver mais um dia. O isolamento foi onde o ódio dominou minha mentalidade. Eu me odiava, literalmente me odiava por fazer o que eu estava fazendo. Eu acreditei na mentira de que minha vida estava caminhando da maneira que deveria caminhar. Eu não via nenhuma forma de melhorar. Por isso, escolhi o isolamento, mesmo sabendo que uma forte comunidade de pessoas, que realmente me amavam, iria me ajudar e caminhar comigo”, confessou.

2. Eu escolhi o álcool ao invés da minha família

"Isso dói tanto! Lucretia e eu, como tantos casais, estamos enfrentando desafios em nosso casamento. Depois de uma temporada de superar esses desafios, fiquei desanimado e, em vez de pedir ajuda, comecei a beber. Na primeira vez, bebia uma ou duas vezes por semana, mas ao longo do tempo a bebida se tornou algo que eu precisava ter todas as noites. Eu estava enganado pelo pecado. O álcool me ajudava a relaxar e me ajudava a lidar com a pressão em casa”, pontuou.

“Honestamente, eu sabia o tempo todo que eu estava usando isso como uma desculpa para sair de casa, e isso fez com que eu negligenciasse meu papel de marido e de pai. Quando olho para trás, me sinto mal por ter feito essa troca infeliz. Eu sei que eu fui perdoado, mas agora tenho de lidar com as consequências. Lucretia e eu nos amamos e estamos realmente tentando fazer o nosso trabalho em união”.

3. Eu escolhi o controle sobre os relacionamentos

"Eu era bem sucedido como um pastor, mas eu não era bem sucedido em casa, então eu escolhi priorizar meu tempo onde eu era mais bem sucedido. Onde eu me sentia realmente no controle de algo. Quando minha família precisou tirar férias, eu controlei a minha agenda e não consegui desfrutar desse tempo livre com eles. Olhando para trás, percebo como eu estava fora de controle. Eu realmente estava. Por causa deste tipo de comportamento, eu perdi o tempo que teria com minhas meninas, preferindo responder e-mails, e eu nem lembro deles. O que eu fingia ser importante era apenas ilusão”, revelou.

4. Eu escolhi o silêncio ao invés de pedir ajuda

"Eu estava sofrendo, profundamente ferido. Ao fazer isso eu permiti que pensamentos pecaminosos se multiplicassem em minha mente, influenciando assim a mim de maneiras destrutivas e prejudiciais. O enganador sussurrava para mim: ‘Ninguém vai entender. Você é o único que tem esse problema. Se você disser às pessoas o que realmente está acontecendo, elas vão abandoná-lo’”, escreveu.

“Se você estiver em um lugar ruim, quero dizer que você está vivendo um inferno na terra. A minha oração para você é que você tome a decisão imediata de dizer a alguém o mais rápido possível. Porque, você não é o único, as pessoas não vão abandoná-lo e, acredite ou não, mais as pessoas vão entender você. Pedir ajuda não é um sinal de fraqueza, é um sinal de força. Eu estava fraco eu não pedi ajuda e o resultado final foi um desastre. O que aconteceu comigo não tem que acontecer com você, você pode pedir ajuda hoje”, finalizou.