O TJ (Tribunal de Justiça) de Santa Catarina concluiu nesta semana o julgamento de Wilmar Martins de Barros, ex-pastor da Igreja Batista Palavra Viva, que foi condenado a 36 anos de prisão por abuso sexual de sete adolescentes. Os crimes aconteceram em Florianópolis no ano 2000.
De acordo com o TJ, em primeira instância, o ex-pastor foi condenado a 19 anos e seis meses de prisão.
Tanto o acusado quanto o Ministério Público recorreram da sentença. Barros na tentativa de obter a absolvição e a Promotoria na busca de aumentar a pena aplicada.
Por unanimidade de votos, 3ª Câmara do TJ rejeitou o apelo do religioso e deu parcial provimento ao recurso do Ministério Público para fixar a pena do ex-pastor em 36 anos de reclusão em regime fechado.
O relator da matéria foi o desembargador Moacyr de Moraes Lima Filho. Segundo o processo, o então pastor utilizava a mesma técnica de convencimento para dissuadir suas vítimas: exibição de vídeos pornográficos, muita conversa e ameaça de desligá-los do grupo de jovens da igreja em caso de resistência ao assédio.
Barros foi preso em 2006 em Recife (PE), onde tem parentes. Ele estava em um culto no momento da prisão.
Na ocasião da prisão, Barros afirmou à polícia que foi enviado à África pelo bispo da igreja quando o caso se tornou público.
A Folha Online entrou em contato com a igreja Batista Palavra Viva, em Florianópolis, e foi informada de que Barros está afastado há quatro anos do quadro de pastores do templo.
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