Na última quinta-feira (23/06/2011) aconteceu em São Paulo a 19° Marcha pra Jesus, com a presença de grandes artistas e líderes renomados do meio gospel.
Um grupo de oito pessoas liderado pelo teólogo e pastor da Igreja Quadrangular Paulo Siqueira realizou mais um de seus manifestos defendendo um “Cristianismo puro e simples”, que segundo eles tem como intuito “lutar por um evangelho prático e cessar com as teorias e fórmulas cristãs”, a atividade começou em 2009. Paulo Siqueira afirmou em entrevista que muitos dos seguranças que os atacaram disseram ser pastores da igreja Renascer, líder da organização do evento: “fomos subitamente agredidos por cerca de cinco homens, seguranças da Igreja Renascer, que a socos e pontapés, enforcamento, retiraram nossas faixas, e de forma súbita, se lançaram em meio à multidão”. Vera, esposa do pastor, também foi agredida em meio ao público enquanto protestava frente ao palco principal.
Segundo explica Vera Siqueira, o grupo levou cinco faixas usadas em manifestos anteriores e uma feita especificamente para a Marcha pra Jesus deste ano. “Eu segurava uma faixa ainda enrolada, quando a agarraram e a arrancaram dos meus braços, chegando a me machucar. Era um homem forte, um segurança do evento, que saiu no meio da multidão. Comecei a gritar ‘fui roubada’, sob o olhar assustado dos fiéis que presenciavam a cena. Outros seguranças se aproximaram e tentaram levar outra faixa, essa já aberta, e eu e os meninos ‘grudamos’ na faixa, enquanto gritava ‘socorro’ repetidas vezes, na ânsia de chamar a atenção de todos e não sermos agredidos. Deu certo, havia uma base policial próxima e os policiais foram ao nosso socorro” relata ela que acredita que a ação foi premeditada pela organização do evento.
Duas das faixas foram apreendidas pelos policiais que estavam de prontidão no evento, que levou o grupo de camburão até a delegacia para que fossem prestados esclarecimentos, no entanto, não foi possível registrar B.O. (boletim de ocorrência) pois lhes foi requisitado o nome dos agressores. Após explicarem o ocorrido à delegada foram orientados pela mesma ao procedimento de como entrar com um processo referente a agressão. O grupo resolveu que voltaria no dia 27 de Junho com fotos do rosto dos “seguranças” tiradas por um dos integrantes do grupo para identificação com o auxílio policial.
Em resposta, a Igreja Renascer em Cristo afirmou por meio de nota oficial que: “A Marcha é uma manifestação pacífica e a Igreja Renascer não estimula e nem apoia nenhum tipo de violência. Não tivemos informação de um incidente deste tipo e as pessoas que trabalharam no evento não tiveram esta orientação. Vale lembrar que a polícia também não registrou nenhuma ocorrência como esta”, disse a um site ligado a denominação.
Mais protestosNo sábado (25/06/2011) o grupo realizou a Anti-Marcha, onde os manifestantes doaram sangue no Hospital das Clínicas, para segundo eles “fazer assim algo de prático ao próximo”. Compareceram os blogueiros Paulo Siqueira do As pedras clamam, Vera do Uma estrangeira no mundo, Alex doDesejando Deus, Júlio O Proponente e outros manifestantes, além de fiéis da Igreja Cristã Zion.
Segundo o grupo o movimento está em expansão pelo país e pretendem em breve criar camisetas, faixas e adesivos de carro. A próxima meta será começar a visitar templos da Igreja Renascer em Cristo durante cultos.
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