Os cristãos evangélicos são muito mais politicamente engajados do que o resto da população, mas compartilham a falta geral de confiança nos políticos, de acordo com um novo estudo realizado pela Aliança Evangélica (EA), no Reino Unido.
A esmagadora maioria dos cristãos evangélicos já está convencida da necessidade de votar nas eleições deste ano (o voto não é obrigatório neste governo). De acordo com o relatório da EA intitulado "Fé na política?", 94% dos cristãos entrevistados demonstraram interesse em votar, 80% disseram que estavam certos para votar, e 14% disseram que "provavelmente" iriam votar. Isso é quase o dobro da população nacional, dos quais 41% disseram que tinham certeza de votar na próxima eleição, de acordo com um relatório de 2013.
Mas, o modo como os votos serão lançados ainda é incerto. Quase 1/4 (24%) da população disse no questionário que foi realizado em agosto e em setembro de 2014, que ainda não tinha decidido como seria o seu voto.
Um aspecto que pode estar influenciando esta incerteza é um desencanto com os políticos e promessas políticas. Mais da metade (60%) dos 2.020 evangélicos entrevistados ​​disse que tinha se tornado menos confiante no governo nos últimos cinco anos e metade disse que era menos propensa a acreditar no que os políticos dizem. Cerca de 2/3 disseram que os recentes escândalos com relação ao uso do dinheiro público havia afetado sua confiança no parlamento.
Apesar de suas reservas com relação aos políticos, o engajamento político dos evangélicos faz-se claro, e este trabalho não se limita à cabine de votação. Evangélicos são sete vezes mais propensos a terem contactado um político e participado de uma pesquisa pública que a população em geral e 14 vezes mais prováveis de terem participado de uma campanha. Além disso, 78% dos entrevistados assinaram um petição online no último ano, em comparação com 9% da população como um todo.
O tipo de engajamento político demonstrado pelos cristãos mostra um certo alinhamento com o que os evangélicos acham que Jesus faria. Quando questionados sobre o que Jesus faria se ele vivesse no Reino Unido, 82% disseram que Ele iria protestar contra a violência e a corrupção, 42% afirmaram que ele poderia ser preso, e apenas 4% disseram que Ele iria assumir um cargo político.
O relatório também destaca a diferença entre as prioridades de voto dos evangélicos e do restante da população.
Pobreza e desigualdade social ocupam o topo da lista de preocupações entre os evangélicos, com 32% das pessoas dizendo que era a questão mais importante para o Reino Unido, em comparação com apenas 4% do restante da população. Questões raciais, étnicas e de imigração são as principais em nível nacional, de acordo com a enquete de 2014, realizada pelo "Ipsos Mori", com 21% da população dizendo que esta é a prioridade para a Grã-Bretanha, em comparação com 6% dos evangélicos.
Ao descrever os três principais fatores que influenciam o seu voto, 39% concordaram que iriam votar no partido que melhor ajudar os necessitados, independentemente do impacto que isso teria sobre eles pessoalmente.
O diretor de advocacia da EA, Dr Dave Landrum, disse: "Os cristãos evangélicos são apaixonados pela política que trabalha para o bem de toda a sociedade, e quando se trata de votar, eles não vão apoiar o partido apenas em benefício próprio".
Os entrevistados também disseram que as políticas de garantia de liberdades religiosas afetam a maneira como eles votam; 71% disseram que este era um problema que poderia afetar o seu voto, com mais de 26% dizendo que era uma questão importante, mas não fundamental para decidir como votar.
Quase metade (46%) disse que a oposição ao casamento homossexual era uma questão que iria influenciar o seu voto.
"Muitos comentaram que a redefinição do casamento tinham danificado a sua visão da política", disse Landrum. "É hora de os políticos reconstruirem a confiança com todos os eleitores, mas nos próximos meses os eleitores evangélicos tendem a ser cautelosos com grandes promessas feitas por qualquer um dos partidos políticos".
Não é novidade que, estas questões - a pobreza, a liberdade religiosa, o casamento - também estejam entre as principais questões que foram citadas publicamente nas igrejas, no ano passado. Quase um terço dos evangélicos (30%) disse ter sido abertamente a favor ou contra uma determinada política, pela sua igreja, mas é claro que as igrejas não são geralmente influenciadoras nos votos das pessoas - apenas 2% dos entrevistados disseram que sua igreja lhes tinha dito para apoiar ou se opor a um determinado candidato.
A maioria (59%) dos entrevistados expressaram um sentimento de que nenhum dos partidos representava seus pontos de vista cristãos. E, apesar dos já elevados níveis de engajamento político entre os evangélicos, 92% disseram acreditar que mais cristãos devem se envolver na política.
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