Os Estados Unidos e três de seus aliados na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) expressaram preocupação com relatos de que um afegão muçulmano que se converteu ao cristianismo poderá ser condenado à morte.
Abdul Rahman é acusado de rejeitar o Islã e pode ser executado pela lei islâmica sharia caso não volte atrás.
Os Estados Unidos fizeram um apelo discreto para que ele tenha permissão para praticar o cristianismo, mas enfatizaram que não queriam interferir.
A Alemanha, a Itália e o Canadá, que têm tropas no Afeganistão, também disseram estar preocupados com a situação de Rahmam.
Rahman, de 41 anos, converteu ao cristianismo 16 anos atrás quando trabalhava no Paquistão ajudando refugiados.
A família o denunciou durante uma disputa pela guarda de seus dois filhos.
Acredita-se que esse seja o primeiro julgamento do tipo, refletindo tensões entre cléricos conservadores e reformistas.
Os conservadores ainda dominan o judiciário do país quatro anos depois da queda do regime Talebã. A Constituição é baseada na lei sharia.
Mensagem
Falando ao lado do ministro do Exterior afegão Abdullah Abdullah em uma entrevista em Washington, o sub-secretário de Estado americano, Nicholas Burns, fez um apelo para que o Afeganistão respeite os direitos de Rahmam de escolher sua religião.
No entanto, Burns não pediu para que ele fosse solto imediatamente e disse respeitar a soberania do país.
O nosso governo apóia a liberdade de religião, disse Burns.
Como a Constituição do Afeganistão prevê a liberdade de religião a todos os afegãos, nós esperamos que esses direitos sejam confirmados nos tribunais do país, afirmou.
Abdullah disse esperar que haja um resultado satisfatório através do processo constitucional afegão.
Ele disse que a embaixada afegã em Washington havia recebido centenas de mensagens de preocupação em relação a Rahman.
O correspondente da BBC em Washington, Jonathan Beale, disse que o caso tem o potencial de desconcertar o governo americano, que investiu grandes recursos tentando ajudar o Afeganistão a abraçar a democracia e a liberdade.
O presidente George W. Bush visitou Cabul recentemente elogiou a transição do país depois de anos sob o regime Talebã.
Mas a mensagem poderá cair no vazio se os moradores ainda são ameaçados de perseguição por causa de suas crenças, afirma Beale.
"Sinal alarmante"
O ministério do Exterior italiano disse que a prisão de Rahmam é incompatível com a defesa de direitos humanos e liberdades fundamentais.
Autoridades alemãs e o cardeal alemão Karl Lehmann disseram que o caso representa um "sinal alarmante" sobre a liberdade de religião.
O Canadá fez um apelo para que Afeganistão cumpra as suas obrigações de respeitar os direitos humanos.
Observadores dizem que a execução de um cristão convertido abriria um precedente significativo como uma interpretação conservadora da lei sharia no Afeganistão.
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