As chamadas “igrejas inclusivas”, denominações evangélicas voltadas para homossexuais, foram tema recente de uma série de reportagens da BBC. Porém, um apologista critica a reportagem afirmando que o número de fiéis dessas igrejas foi superestimado na matéria e que é incorreto chamar tais igrejas de “inclusivas”.
De acordo com o fundador do Instituto de Pesquisas Religiosas (INPR), Johnny Bernardo, os números mostrados pela BBC são um exagero. Em entrevista ao The Christian Post ele explicou que o número de membros das maiores denominações do gênero no país é muito menor que os 10 mil apontados na reportagem.
Bernardo informou que a Igreja da Comunidade Metropolitana (ICM) – com seis filiais concentradas nas principais metrópoles e cidades do Brasil, possui em torno de 1400 membros; enquanto que a Igreja Cristã Contemporânea (ICC), concentrada no Estado do Rio de Janeiro, deve chegar a ter 1000 membros. Ele apontou também números de igrejas de menor expressão, como a Comunidade Cristã Refúgio (CCR), que possui em torno de 400 membros.
Tais números foram criticados também pelo site holofote.net, que afirmou que a BBC não fez jornalismo sério e sim uma apologia às igrejas inclusivas, ao afirmar, “sem citar uma fonte de pesquisa confiável, que atualmente no Brasil as igrejas de gays têm cerca de 10 mil membros”.
O estudioso criticou também o uso do termo “igrejas inclusivas”, afirmando que tal título passa a ideia de que as igrejas tradicionais seriam “exclusivas”, excluindo uns e acolhendo outros, enquanto que as “igrejas inclusivas” seriam então as que abraçariam a todos. Segundo ele, líderes como Troy Perry, fundador da ICM, Marcos Gladstone, fundador da ICC, e Lanna Holder, fundadora da CCR, usam argumentos como a discriminação e o desprezo da sociedade para arregimentar adeptos descontentes com o modelo tradicional de confissão de fé. E afirma que nas “igrejas inclusivas” não há “conversão”, mas sim, “recrutamento” baseado em interesses econômicos.
“A igreja atual acha politicamente incorreto falar contra o pecado, mas não temos opção, somente pela potência da palavra de Deus teremos pessoas livres do pecado e redimidas pela Graça do senhor”, explica Bernardo, que afirmou também que a questão do homossexualismo “é uma questão de conduta, de padrão moral e religioso nas quais as igrejas evangélicas estão inseridas”. “O homossexualismo é algo avesso à sociedade, que rompe com os laços familiares tradicionais. Caso o homossexualismo fosse algo natural, seriam três e não dois os gêneros sexuais criados por Deus”, argumentou.
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