O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) está vendendo cativas cristãs (meninas, mulheres e até mesmo crianças) como escravas sexuais "em nome de Alá". Funcionários das Nações Unidas autenticaram um relatório apresentado ao Departamento de Estado dos EUA no início deste ano afirmando que o EI mantém uma lista de preços detalhados semelhante a um cardápio.
Eles vendem “fêmeas em cativeiro” como escravas sexuais para homens turcos, sírios e árabes do Golfo. O relatório investigativo possui 278 páginas e veio dos “Cavaleiros de Colombo”, uma organização fraternal sem fins lucrativos que defende os cristãos.
O relatório observou que a organização terrorista admitiu uma redução significativa na demanda por escravas sexuais e que isso afeta negativamente o financiamento de sua campanha de guerra e terror.
Devido a isso, o "Comitê do Tesouro" do EI estabeleceu regulamentos sobre a venda de mulheres, com a pena de morte imposta a quem for considerado culpado por violar tais regras.
De acordo com o relatório, os preços das escravas sexuais dependem da sua idade. As mais jovens tem preços mais elevados. As meninas cristãs com idades entre 1 e 9 anos têm o maior preço de 169,21 dólares cada. As meninas de 10 a 20 custam 126,91 dólares. Já as mulheres de 20 a 30 valem 84,60 dólares e mulheres com idade entre 30 a 40, 63,45 dólares. Para mulheres de 40 a 50, o comprador deve desembolsar 42,30 dólares.
No relatório “Práticas de Direitos Humanos para 2015”, o Departamento de Estado dos EUA observou que o EI desenvolveu uma burocracia detalhada para escravidão sexual, incluindo contratos de venda pelos tribunais comandados pelo grupo terrorista.
Desde agosto de 2014, o Estado Islâmico capturou e escravizou mais de 5.800 pessoas, incluindo mais de 3 mil mulheres, segundo o relatório. O documento ainda informa que o EI executa as cativas que se recusam a casar com jihadistas que as compraram, no Iraque e Síria.
Em dezembro de 2014, o EI lançou orientações sobre como capturar e abusar sexualmente de mulheres escravas, de acordo com o Departamento de Estado dos EUA.
O relatório diz que o grupo terrorista força meninas iraquianas e sírias a se submeterem a testes de virgindade antes de negociá-las em "bazares escravos" e enviá-las para várias províncias da Síria e de outros países para a escravidão sexual.
As escravas sexuais raptadas são submetidos a várias formas de violência sexual, incluindo estupro, casamentos forçados e abortos coagidos, de acordo com o relatório.
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