Após serem expulsos do território que haviam conquistado no Iraque e perderem a maior parte do que detinham na Síria, os jihadistas do Estado Islâmico parecem ter escolhido o Egito como o novo palco para seu show de horrores em nome da fé islâmica.
No ano passado, um atentado a bomba matou dezenas de pessoas numa igreja cristã copta, tragédia repetida em dose dupla no início desde mês, seguindo o mesmo modus operandis.
As ameaças feitas a famílias cristãs que vivem na península do Sinai diziam no material impresso distribuído por eles: “convertam-se ou morram”. Centenas de famílias abandonaram suas casas nos últimos meses temendo ver em solo egípcio as mesmas atrocidades que eram cometidas pelo Estado Islâmico nas regiões dominadas pelos seus soldados.
Nesta terça-feira (18), um policial morreu e quatro pessoas ficaram feridas em um ataque terrorista junto ao monastério ortodoxo de Santa Catarina, no sul do Sinai.
O Estado Islâmico reivindicou responsabilidade pelo ataque contra o mosteiro, um dos mais importantes locais cristãos do mundo. O local foi construído no século IV, no Monte Sinai, a 1.600 metros de altitude.
Segundo a tradição, foi nos arredores do local onde Deus se manifestou numa sarça ardente, falando com a Moisés e dando-lhe os Dez Mandamentos. É um ponto de interesse dos milhares de turistas que vão ao país todos os anos e sobem no Monte Sinai.
O ataque terrorista ocorrer 10 dias antes da chegada do papa Francisco para visita oficial ao Egito. Especialistas temem que o pontífice possa ser um alvo preferencial dos radicais.
O presidente egípcio, Abdul al-Sisi havia decretado “situação de emergência” no país, mas as mortes mostram que o governo não tem condições de controlar o extremismo.
A minoria copta, cerca de 10 por cento dos 92 milhões de habitantes do Egito, tem sido cada vez mais alvo de militantes islâmicos, com três ataques mortais contra igrejas no período de quatro meses. O fato de eles terem atacado um local pertencente à Igreja Ortodoxa mostra que nenhum cristão está a salvo no país.
Como medida de precaução, Israel proibiu este mês que seus cidadãos cruzem para a península do Sinai, dizendo que a ameaça de ataques na área inspirados pelo Estado Islâmico e outros grupos jihadistas é alta. Com informações Christian Headlines
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