Esse mês, a Etiópia (18º país na atual Classificação da Perseguição Religiosa), declarou estado de emergência, logo após uma série de protestos realizados pelo país. Já faz quase um ano que o povo alerta sobre a violência das forças de segurança contra os próprios cidadãos. Ocorreram centenas de mortes de civis durante as manifestações públicas, que foram inclusive motivo de contestação de algumas associações de direitos humanos.
Esse movimento sem precedentes, nas últimas décadas, também afeta a igreja no país, já que o governo acabou usando as “leis radicais antiterroristas” para combater os jornalistas críticos ao regime, limitando a liberdade de expressão. As restrições à comunicação terá um grande impacto na vida dos cristãos também, prejudicando os cultos públicos, o acesso à comunidade cristã virtual, estudos bíblicos e pregações on line. No Oriente Médio, por exemplo, esse tipo de trabalho cristão prestado nas mídias sociais tem ajudado muitas pessoas a ter um encontro com Cristo, como ilustra a matéria “Eu compartilho vida”, da editoria Frutos (Revista Portas Abertas do mês de julho).
É provável que pastores e professores fiquem proibidos de falar em justiça e igualdade, durante os cultos e aulas, já que o governo pode interpretar isso como uma tentativa de atingir as autoridades pela rebeldia. O estado de emergência representa, portanto, algo muito negativo para os cristãos etíopes. O Departamento de Estado dos EUA declarou sua preocupação: “Essa decisão de limitar ainda mais a liberdade de expressão, bloqueando o acesso à internet, proibindo reuniões públicas e impondo toque de recolher, pode piorar ainda mais a situação no país”. O governo etíope ainda acrescentou que “se os diplomatas estrangeiros não respeitarem as restrições correm o risco de serem penalizados com até 5 anos de prisão. Ore por essa nação.
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