No dia 11 de setembro, militantes muçulmanos atacaram a Escola Missionária Bom Pastor, em Pulwama, no Estado de Jammu e Caxemira, destruindo o muro e danificando equipamentos e o prédio da escola.
A instituição é dirigida pelo missionário alemão Jim Borst, de 70 anos, que vive desde 1963 em Jammu e Caxemira - o único Estado indiano de maioria muçulmana. A escola missionária foi fundada em 1996. Jim Borst também dirige um abrigo para crianças afetadas pelas atividades beligerantes na região.
Em maio de 2003, um jornal de circulação nacional mencionou o missionário como uma das muitas pessoas que encorajam os muçulmanos a se converter ao cristianismo. Depois da publicação desse artigo, os extremistas muçulmanos preencheram uma queixa junto ao governo do Estado. Oficiais tentaram então expulsar Jim Borst do país, em 2004, mas grupos cristãos realizaram uma campanha bem-sucedida para evitar a expulsão.
Um dos colegas do missionário, que pediu anonimato, disse que o ataque da semana passada começou por volta das 11h30. "Uma multidão de cerca de 250 a 300 pessoas atacou a escola, destruindo o muro e atirando pedras no prédio. Eles gritavam palavras de ordem condenando todos os missionários cristãos", ele contou.
A maioria dos extremistas era de alunos de uma faculdade estadual, localizada a apenas 200 metros da escola missionária. A polícia chegou quando o ataque estava começando e conseguiu evitar que a equipe e os estudantes sofressem danos físicos.
A multidão então seguiu em direção a Pulwama, mas a polícia dispersou o grupo usando gás lacrimogêneo e prendendo muitos dos estudantes.
Oposição constante
Clérigos muçulmanos se posicionaram antagonicamente para com a instituição desde sua inauguração. No ano passado, ocorreu uma misteriosa explosão na escola; a polícia não conseguir a origem do golpe.
Jim Borst disse que a escola enfrenta oposição constante e crescente de vários grupos muçulmanos extremistas que também dirigem escolas na região. Os extremistas distribuíram propagandas acusando a Escola Missionária Bom Pastor de forçar estudantes muçulmanos a se converter, de acordo com reportagem da SAR News.
Depois do ataque da semana passada, a escola foi fechada por cinco dias como medida preventiva "em vista da tensão que se seguiu às alegações de que a escola tentava converter pessoas sob o pretexto de educar", disse o magistrado distrital de Pulwama, Mehraj Ahmad Kakroo, aos repórteres do "Times of India".
O magistrado disse que uma "situação terrível" foi evitada depois que a administração do distrito recebeu o aviso de que um ataque estava planejado contra a escola.
"Muçulmanos extremistas estão acusando Jim Borst há muito tempo", disse ao Compass o bispo P.C. Elampassery, do distrito vizinho de Srinagar. "Eles investigam suas atividades e as razões para sua presença em Jammu e Caxemira. Mas posso assegurar que as alegações de conversão forçada são completamente infundadas".
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