No mês passado, o governo da Eritréia prendeu mais três líderes do movimento de avivamento Medhane Alem da Igreja Ortodoxa, combatendo duramente a ampla reação à excomunhão de 65 membros do grupo anunciada a aproximadamente dois meses atrás.
O impasse começou em 28 de março, com uma carta circular enviada pelo Santo Sínodo da Igreja Ortodoxa da Eritréia, colocado na prática sob o controle do governo nove meses atrás.
Endereçada a todas as paróquias ortodoxas do país, a carta oficialmente excomungou 65 membros-chave e coordenadores do Medhane Alem, um estabelecido movimento de Escola Dominical da Igreja Ortodoxa.
Os cristãos expulsos se recusaram a confessar que o movimento Medhane Alem e seus líderes eram heréticos e que seus objetivos eram destruir a Igreja Ortodoxa da Eritréia.
A excomunhão formal da igreja exclui o antigo membro de participar de todos os sacramentos da igreja, incluindo comunhão, batismo, casamento e funerais.
Uma semana depois, em 4 de abril, três dos excomungados - identificados somente como Samson, Michael e Naemen - foram detidos e mandados para a prisão. Os três homens foram acusados de instigar uma resistência ao decreto que os baniu de sua igreja mãe.
Violação da lei canônica
A divergência quanto aos três sacerdotes do Medhane Alem presos desde março de 2005 fez com que o governo de Asmara se colocasse contra o patriarca da Igreja Ortodoxa da Eritréia, Abune Antonios no ano passado.
Um leigo indicado pelo governo assumiu a administração da igreja em agosto passado. Ele, contra a constituição da Igreja Ortodoxa, então conduziu o Santo Sínodo da igreja a expulsar o patriarca.
Depois de manter o ancião Abune Antonios em prisão domiciliar em agosto, o novo membro do Santo Sínodo o notificou em janeiro de 2006 que ele não era mais o líder da igreja.
De acordo com fontes ortodoxas no Egito, o afastamento arbitrário de Abune Antonios foi uma violação direta da lei canônica, que apenas permite a retirada de um patriarca por razões de imoralidade, heresia ou enfermidade física ou mental.
A única solução possível para o impasse que pode ser aceita pelo Papa Ortodoxo Copta Shenoudah III, que ordenou o patriarca Antonios, seria um tribunal eclesiástico conjunto diante de representantes dos sínodos das igrejas tanto do Egito quanto da Eritréia, para ouvir as acusações e permitir que o patriarca se defenda.
Mas resta a dúvida se o regime do presidente da Eritréia Isaias Afwerki irá concordar com esta audiência, independente da interferência do governo e provavelmente presidida pelo Papa Shenoudah.
Apesar de não ter havido anúncio formal da escolha do novo patriarca, o website oficial do governo da Eritréia publicou um pequeno artigo em 22 de abril, se referindo a "Sua Santidade Abune Dioscoros" como "líder do Santo Sínodo da EOC (Igreja Ortodoxa da Eritréia)".
Uma fotografia do antigo bispo Dioscoros, vestido com as roupas patriarcais tradicionais da igreja, acompanhava o texto.
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