Sucesso tem a ver com riqueza, com dinheiro ou com a nossa missão? Todos os dias pela mídia vemos aquilo que a sociedade enquadra como pessoas de sucesso. Elas são alvo da imprensa e tudo que falam se torna notícia. São também invejadas por muitos que acreditam não ter alcançado tal nível de sucesso. A verdade, no entanto, é que o sucesso profissional tem muito mais relação com as realizações pessoais de cada um, do que a aparência. Na Bíblia, por exemplo, a humildade é mais festejada do que o sucesso. Talvez seja por isso que muitos empresários cristãos se encontram em dúvida sobre quais são os limites do sucesso no mundo dos negócios. Afinal, o mundo prega que o lucro unido ao sucesso devem ser o único fim de uma empresa. Para o doutor em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pela Universidade da Califórnia (EUA), Ednaldo Michellon, entretanto, o sucesso para o empresário cristão é diferente daquele profissional que não conhece os princípios bíblicos. “O cristão busca mais o êxito, que é mais abrangente e menos contaminado com o sucesso que o mundo prega. Se o êxito for o alvo, o empresário cristão pensará também na vida de sua família e na de seus colaboradores.” Mas assim como é difícil se manter descontaminado na vida pessoal e espiritual, o empresário se vê muitas vezes dividido entre os padrões de sucesso do mundo e da Bílbia. Para Michellon, o sucesso a qualquer custo — tão difundido em ditados populares como “os fins justificam os meios” — possui dois lados negativos. Primeiro, ele está impregnado de mundanismo. “Em segundo lugar, não é sustentável no longo prazo, pois é associado ao que tem de mais perverso, que é o discurso dominante do dinheiro, que chamamos de moneycentrismo”, define.
Os desafios do êxito
Quem está a frente de um negócio sabe que permanecer fiel aos princípios bíblicos no mundo dos negócios não uma tareja é fácil. Com uma alta carga tributária, burocracia exagerada e leis trabalhistas absurdas, até mesmo os mais puros se sentem tentados a viver na ilegalidade ou driblar o sistema. O empresário Ary Viriato convive todos os dias com esses conflitos. Com apenas 39 anos, dirige o Grupo King´s Cross, que atua nas áreas de ensino de idiomas, agência de intercâmbio, comércio exterior, financeira, prensagem de CD e DVD, editora, além de produzir vidro, espelho e feltro. Hoje a King´s Cross é também uma das maiores produtoras de bíblias do Brasil, sucesso, que segundo o empresário, faz parte de um processo detalhadamente planejado desde o embrião, assim como todas as empresas do grupo. O segredo de tal posição seria um fruto de lições aprendidas ainda na infância. “Meu pai me disse para sempre trabalhar muito e pagar tudo a vista, e que seguindo esses dois paradigmas eu nunca iria falir”, conta. Ao longo dos anos o próprio Viriato foi criando suas próprias regras de conduta, com ser: sempre excelente, competitivo e aplicado. Mas, acima de tudo, dar crédito a sua equipe, formada por 40 funcionários. “Eles é que são a empresa. Máquinas, computadores e prédios não fazem nada sozinhos”.
Equipe e progresso
Saber trabalhar em grupo parece ser um dos segredos do sucesso profissional. Exemplo disso é do empresário Paulo Mauerberg Junior, que há 15 anos fabrica e comercializa confecções para o mercado cristão com o nome Hpice. “Não há como ter sucesso e crescimento sem uma boa equipe. O cliente vê no funcionário um reflexo do que é a empresa”. Ao lado da sua esposa e sócia, Ana Cristina, Junior tem aprendido a colher o que há de melhor na estrutura familiar da sua equipe. “Temos conseguido um bom resultado separando por áreas de atuação e não misturando aspectos familiares com os aspectos da empresa”, defende. O sucesso, para Junior, vai além das paredes evangélicas e por isso o empresário deslumbra o dia em que o mercado secular vai se interessar pelos produtos cristãos. “Essa é uma tendência natural, para ganharmos mais mercado temos que vender além das lojas evangélicas”, aposta.
Olhar além
Essa sede de expansão é natural em qualquer empreendedor que sonha com o crescimento da sua empresa. Afinal, embora ninguém comece grande, todos sonham com o crescimento. Em outras palavras, lucro alto e sempre em expansão, certo? Não é o que pensa o presidente da Associação Brasileira dos Editores Cristãos (Asec), Erni Wlater Seibert. Ele reconhece que no mundo dos negócios alguns têm por objetivo o lucro. “Assim, se há lucro, há sucesso”. Seibert lembra, no entanto, que existem outros objetivos que podem e devem ser colocados nos planos. “A questão financeira sempre está presente, mas o sucesso não pode ser medido apenas por fatores aconômicos.” O presidente vai contra o costume de apontarmos somente grandes casos de sucesso, pois, para Seibert, existem editoras ou livrarias bem pequenas que também são exemplo de sucesso porque conseguiram sua contribuição para um mundo melhor. “Em certo sentido, o empresário evangélico é muito parecido com qualquer outro empresário. No entanto, o que o distingue é o termo ‘evangélico’. Esta é a sua marca particular, o seu distintivo, o seu foco”, acredita.
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