A cidade de Nazaré, no norte de Israel, geralmente fica repleta de turistas alguns dias antes do Natal. Afinal, é aqui que a história de Jesus começou. Mas este ano, além dos peregrinos cristãos que costumam visitar as igrejas, há centenas de judeus.
Segundo o jornal Haaretz, “israelitas judeus se apaixonaram pelo Natal, e em nenhum lugar isso é mais evidente do que a cidade onde, há mais de dois milênios, uma mulher chamada Maria recebeu a notícia de que ela daria luz ao filho de Deus”.
Em vez de passar o dia na sinagoga, dezenas de milhares de israelenses judeus foram a Nazaré no sábado passado para “experimentar” o Natal. Alguns participavam de caravanas voltadas especificamente para judeus com pouco ou nenhum conhecimento do cristianismo.
Alguns vestiam chapéus de Papai Noel enquanto posam para fotos diante da enorme árvore de Natal situada fora da Igreja Ortodoxa Grega da Anunciação. Eles cantarolam músicas cristãs que ouvem nos alto-falantes nas ruas.
Vários deles aguardam muito tempo nas longas filas que se formam na entrada da Basílica da Anunciação. Eles parecem curiosos para dar uma olhada na casa onde a família de Jesus teria vivido.
“Queríamos uma experiência autêntica de Natal”, diz Livnat Shovali, que veio com toda a família de Hod Hasharon, subúrbio de Tel Aviv. É a primeira vez que eles visitam Nazaré, cidade de maioria árabe. “Nós viemos de uma tradição ultra-ortodoxa”, diz ela.
O judeu Maoz Inon, dono do hotel de luxo Fauzi Azar Inn, conta que as acomodações estavam todas locadas há meses. “Em termos do número de judeus israelenses vindo para as festividades de Natal, é definitivamente um recorde”, comemora.
Ele atribui esse fascínio pela celebração cristã ao fato de muitos israelenses que viajam para o exterior “ficam mais expostos ao Natal” e voltam para casa mais interessados pela tradição.
Jerusalém
Maria Zavin, dona da empresa de turismo Yalla Basta, conta que no ano passado foram 9 grupos de judeus israelenses querendo participar das celebrações de Natal. Este ano foram 22.
Além de Nazaré, a Yalla Basta também viu um aumento do número de caravanas para a Cidade Velha de Jerusalém. “Infelizmente, o Natal não é algo que aprendemos nas escolas de Israel”, conta Efrat Assaf, uma das guias da empresa. “Mas é uma festa bonita e tudo aconteceu aqui, então é natural que haja esse interesse”, diz.
Guy Ben-Porat, professor da Universidade Ben-Gurion lembra: “Gerações atrás, os judeus ficavam trancados em suas casas na véspera de Natal, para evitar atrair a atenção daqueles que poderiam considerá-los “assassinos de Cristo” e buscarem vingança. Mas se antigamente o cristianismo era considerado uma grande ameaça, hoje ele é visto como um grande aliado”, conta.
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