O Papa Francisco apresentou seu posicionamento sobre a questão do casamento homossexual. De modo forte, ele fechou qualquer porta ao casamento entre pessoas do mesmo sexo na exortação apostólica sobre a família que foi divulgada nesta sexta-feira (8). O documento rejeita "os projetos de equiparação das uniões entre pessoas homossexuais com o matrimônio".
Intitulado "Amoris Laetitia", a peça é fruto de dois ciclos de consultas e de dois sínodos realizados em outubro de 2014 e outubro de 2015 com relação à crise que tem sido vivida pela família moderna. Por sua vez, ela considera inaceitáveis as pressões para que alguns países instituam o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo.
Em contrapartida disso, o casamento civil entre gays foi aprovado ontem (7) pelo Tribunal Constitucional da Colômbia. Em uma sessão, os magistrados decidiram por seis a três que as uniões civis entre casais homossexuais têm os mesmos direitos que os casais héteros.
O que muda?
Segundo os ativistas consultados pela Associated Press, com essa nova decisão, juízes e notários poderão casar homossexuais. Antes disso, os casais de mesmo sexo, na Colômbia, poderiam se registrar apenas como união civil, mas não como matrimônio.
A partir de então, a Colômbia se soma a um pequeno grupo de países da América Latina que aprovaram o casamento homossexual com igualdade de direitos em relação aos heterossexuais. É o caso da Argentina e do Brasil.
Foi em 2010 que a Argentina legalizou o casamento gay. Com isso, ela foi o primeiro país latino-americano a fazê-lo. O Uruguai fez o mesmo em 2013. No México, só na capital e em três dos 31 Estados está legalizado o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Em 2015, porém, a Suprema Corte afirmou que é inconstitucional limitar o casamento gay no país, o que abre espaço para que casais por todo o México possam se unir.
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