No último fim de semana cristãos protestantes e católicos celebraram a festa da Páscoa. O evento religioso relembra os últimos acontecimentos da vida de Jesus e, principalmente, sua ressurreição. Durante o mesmo período os judeus comemoram a Pessach, a Páscoa judaica, festividade que recorda a saída do povo hebreu do Egito e dura sete dias a partir do pôr do sol da sexta-feira.

Os fiéis da igreja ortodoxa, que seguem o calendário Juliano, marcam também a páscoa em comemorações durante uma semana.

Por ocasião dessas festividades religiosas, milhares de pessoas peregrinaram durante a última semana para a Terra Santa. Nas peregrinações cristãs, principalmente católicas, um grande número de fiéis participam de procissão rumo à Cidade velha de Jerusalém, no setor oriental de maioria árabe. O local é ocupado por Israel desde junho de 1967.

Em 1948, durante a criação do Estado de Israel, os cristãos representavam mais de 18% da população em seu território. Atualmente, segundo a AFP, esse percentual reduziu-se para apenas 2 % da população do país.

Em decorrência das festas cristãs e judaicas, Israel anunciou durante o último fim de semana o fechamento dos pontos de acesso a seu território a partir da Cisjordânia ocupada, limitando o acesso apenas aos casos humanitários. Um comunicado militar informou, porém, que mais de 20 mil cristãos receberam uma permissão especial para visitar Jerusalém durante a semana.