A cada ano, Portas Abertas organiza viagens a países onde os cristãos são perseguidos. O Egito é regularmente retratado em nossos folhetos de viagens. O programa geralmente inclui uma visita a alguns convertidos muçulmanos, naturalmente, se for possível e seguro. Nesta viagem, nós encontramos o irmão Mustafa em um local secreto.
Há alguns anos, Portas Abertas já havia estabelecido contato com Mustafa. Naquela época, ele estava com outros dois convertidos. Esses dois fugiram para o Ocidente. Esta é a sorte de muitos muçulmanos que se tornam cristãos. Eles tentam perseverar no seu próprio país, mas, no final, a pressão é excessiva e eles têm que partir. Contudo, Mustafa não pretende fugir porque Deus lhe deu uma tarefa no Egito. As coisas também têm sido muito difíceis para Mustafa. Mas, você não vê isto nele. Ele radia paz e força de vontade.
Fanáticos muçulmanos
Mustafa era um muçulmano fanático. Ele era membro da Irmandade Muçulmana e veio de uma família islâmica severa. Sua mãe e seus dois irmãos eram fanáticos, conta ele. Sua mãe era a mais fanática da família. Ela era líder de um grupo-célula que se encontrava três vezes por semana para estudar o islamismo. Ela incitava as mulheres a usar o véu. Há vinte anos, no Cairo, você via bem menos véus e lenços de cabeça do que hoje em dia.
Mustafa era o mais jovem em sua família. Seu pai, também, era muçulmano, mas era mais liberal em seus pensamentos. Isto significa que Mustafa recebeu duas formações: uma doutrina severa, de sua mãe e mais moderada, de seu pai. Um de seus irmãos se tornou completamente extremista; ele odiava quem quer que seja, tanto não muçulmanos como muçulmanos liberais. Foi o ódio deste tipo que levou ao assassinato do xeique da Universidade de Al-Azhar. A Universidade de Al-Azhar é a mais importante universidade sunni do mundo. O Fatwa, pronunciado pelo xeique de Al-Azhar, é obedecido por todo o mundo muçulmano. Mas, para a Irmandade Muçulmana, o xeique era liberal demais. O outro irmão de Mustafa era menos extremista.
"Eu comecei a imaginar a razão pela qual eu tinha que odiar os judeus e cristãos", explica Mustafa. "Eu estava incomodado pela batalha em nome de Maomé e considerava a doutrina do inferno sádica. Eu me familiarizei com alguns comunistas. Sua doutrina realmente me chamava atenção e eu me tornei um marxista. Contudo, isto provou ser uma outra forma de decepção. No meu ponto de vista, o Marxismo é tão violento no seu tratamento com os 'incrédulos'como o Islã".
"Um dia eu segurei uma Bíblia e foi assim que eu conheci a Cristo. Eu acreditei nela com o meu próprio livre-arbítrio. Isto foi por causa do caráter de Jesus Cristo, contudo, eu ainda não estava convertido. Eu queria estudá-Lo mais a fim de tomar a decisão correta. Em todo o meu estudo, eu não encontrei nada que não era a favor de Jesus Cristo. Após um ano, eu me converti e voltei-me a Ele. Eu não escondi a minha nova fé porque eu pensava que todos deveriam conhecer Jesus Cristo. Não para evitar ir para o inferno, mas para ter uma vida melhor.
Inferno e condenação
"A fim de fazer-me mudar de idéia, minha família me colocou em contato com um líder muçulmano. Este homem me ameaçou, falando-me de inferno e condenação. Mas eu disse que preferia ir para o inferno com Jesus a ficar fora do inferno sem Ele".
Isto aconteceu em torno do ano de 1984. A vida se tornou muito difícil para Mustafa e para outros convertidos. Ele decidiu retornar ao seu local de nascimento e encontrar uma igreja lá. ALi, ele descobriu que os cristãos estavam muito divididos.
"Os ortodoxos eram muito diferente dos protestantes. Os cristãos advertiram-me contra as outras igrejas e aconselharam-me a fugir do país".
Mustafa achou tudo isso confuso. "Que igreja eu devo escolher? Eu observei cuidadosamente todas as igrejas, até mesmo as Testemunhas de Jeová e os Mórmons".
Mustafa decidiu não fugir, mas testemunhar para seus amigos. Em 1988, ele viu os primeiros frutos de seus esforços. Ele tinha seu próprio grupo-célula de muçulmanos convertidos. Ele estava experimentando muita perseguição, estava solitário e não tinha uma igreja em casa para freqüentar.
"Em alguns momentos, eu duvidei do meu chamado". Cinco anos após a sua conversão, quando ele havia trazido doze irmãos cristãos, pela primeira vez, ele soube de uma igreja que aceitava muçulmanos convertidos. Em 1990, ele e o seu grupo começaaram a freqüentar os cultos naquela igreja.
"Nós vivíamos como os primeiros cristãos em Atos", disse ele, recordando aquela época.Então, o serviço de segurança nos descobriu. Três pessoas da igreja foram detidas. Mustafa que foi um deles viveu sobre a perseguição e tortura na prisão.
"Foi um ano horrível. Os primeiros dias na prisão foram os piores", conta ele resumidamente "mas depois você se acostuma. O governo pensava que eles poderiam nos paralisar, mas eles começaram a esquecer que este não é trabalho de homens. Os cristãos se tornam mais fortes quando estão sob opressão. O Cristianismo não é uma religião, mas confiança no Deus vivo".
Mustafa foi condenado a oito anos de encarceramento por organizar um movimento missionário. Entretanto, ele foi liberto um ano mais tarde.
"Eles pensavam que eu fugiria, mas nós ficamos no país. Primeiro, nós ficamos temerosos de sermos presos novamente, mas não tememos mais. Queremos ser bons cidadãos, contudo, como muçulmanos convertidos".
Mudanças Rápidas
Mustafa acredita que tem havido muitas mudanças para melhor no Egito, nos recentes anos. Especialmente desde a queda de Saddam Hussein, as coisas têm mudado rapidamente. E ele se interessa em contribuir para a mudança.
"A fim de mudar a sociedade, teremos que fazer parte dela". Baseado nesta visão, eles publicam muito material evangélico e fazem debates com muçulmanos fundamentalistas e ateus. Às vezes, estes debates são televisionados.
Mustafa e seu povo têm quatro websites em árabe,os quais são salas de bate-papo. Estes sites são visitados, em média, um milhão de vezes ao ano. Eles também têm programas em uma estação cristã de satélite. Há receptoras de satélite em cada telhado, mesmo naqueles de famílias mais humildes.
Após alguns anos,a relação com sua família começou a melhorar. Ele precisava ter muito amor e paciência para com ela.
"Nós queremos lhes mostrar que Jesus Cristo nos fez para sermos pessoas melhores".
Agora, Mustafa está casado com uma cristã. Eles têm um filho que estuda em uma escola cristã particular. Na escola estadual, ele seria educado como um muçulmano, por causa do seu nome islâmico. Mustafa é mantido, financeiramente, por Portas Abertas. Você pode promover o Evangelho no mundo muçulmano nos apoiando.
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