Dois pastores sul-coreanos foram presos na China, porque estavam ajudando a contrabandear 'desertores' norte-coreanos perseguidos (cristãos e outros que se opõem ao regime comunista ditatorial da Coreia do Norte).
"Os pastores presos são conhecidos por terem insistido que eles ajudaram os desertores da Coreia do Norte [que estavam na China], pois estes corriam o risco de serem repatriados para o Norte, onde as violações dos direitos humanos são graves", disse um funcionário da justiça para a Coreia do Norte, segundo informou a versão em inglês do site sul-coreano 'Yonhap News'.
Os dois ministros, que foram detidos separadamente, aparentemente estavam ajudando os desertores norte-coreanos a fugirem da China.
As esposas dos dois pastores também foram inicialmente presas e interrogadas, mas depois liberadas.Um funcionário do Ministério de Relações Exteriores de Seul (Coreia do Sul) revelou que os pastores estão sendo mantidos em um centro de detenção na província de Liaoning, no nordeste do país.
"Nosso consulado geral em Shenyang realizou reuniões com nossos cidadãos (detidos) e prestou assistência consular prática, incluindo informações sobre a contratação de um advogado e solicitando tratamento humanitário às autoridades chinesas de segurança pública", disse o funcionário, que não não teve seu nome revelado. "Continuaremos a prestar ajuda consular".
Em fevereiro, a China prendeu também quatro missionários sul-coreanos e expulsou outros 32, após uma série de ataques policiais às igrejas.
Os missionários também tinham ajudado na fuga de norte-coreanos e estavam localizados na região nordeste de Yanji.
Uma aliança global de grupos de direitos humanos disse na semana passada que os líderes mundiais precisam aumentar sua pressão sobre a Coreia do Norte e enfrentar o nível extremamente alto de abusos de direitos humanos que estão sendo realizados lá.
"Essencialmente, a Coreia do Norte é o regime mais opressivo do mundo, é certamente o país mais fechado e isolado do mundo, é um regime acusado pela própria Comissão de Inquérito dos crimes contra a humanidade", afirmou Benedict Rogers, Líder da 'Christian Solidarity Worldwide' na Ásia Oriental 'Christian Post' na época.
"Esses crimes contra a humanidade incluem o encarceramento de 100.000 a 200.000 pessoas [o que inclui muitos cristãos], presos por 'crimes políticos' e estão sujeitos às piores formas de tortura, trabalho escravo, negação de cuidados médicos, violência sexual e, em alguns casos, até mesmo execução", acrescentou.
Diversos grupos de vigilância, incluindo a Open Doors USA, disseram que os cristãos estão entre os mais perseguidos pelo governo, e listaram regularmente a Coreia do Norte como o lugar mais perigoso do mundo para os cristãos praticarem sua fé.
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