O pastor cristão iraniano Khosroo Yusefi e um outro líder cristão permanecem detidos por oficiais da polícia local em um presídio desconhecido, no norte do Irã, há mais de cinco semanas após sua detenção.
Acredita-se que Yusefi e o seu companheiro cristão de Chalous estejam detidos nos arredores de Sari, uma cidade próxima ao Mar Cáspio, na província de Mazanderan.
Entretanto, desde o dia 8 de junho, quando outros líderes cristãos presos com eles foram libertos, os cristãos locais não puderam manter contato com os prisioneiros remanescentes.
"No momento ninguém pode visitá-los", contou um cristão iraniano à Compass, "e eles não têm permissão de falar com um advogado. Nós não temos idéia de como eles poderão ser libertos".
Não há conhecimento de nenhuma acusação arquivada contra Yusefi, um convertido ao cristianismo da religião Baha'i, nem contra os outros doze evangélicos presos no início do mês de maio.
Yusefi foi detido e enviado à prisão no dia 23 de maio com sua esposa, Nasrin, e dois filhos adolescentes. Uma semana mais tarde, a esposa e os filhos de Yusefi foram libertos e retornaram para casa, juntamente com os dois líderes cristãos que foram detidos um mês antes de Yusefi.
Entretanto, um outro líder evangélico de Nowshahr foi detido no mesmo dia, 30 de maio, e enviado para estar com Yusefi e os outros dois na prisão. Atualmente, somente Yusefi e seu colega permanecem em custódia, privados de qualquer contato fora das celas.
Segundo informações obtidas, as famílias de Yusefi e de outros líderes de igrejas detidos durante o mês de maio, agora não têm meios de se sustentarem, já que os esposos perderam seus empregos ou tiveram seus contratos de trabalho regulares revogados.
Yusefi tem mais de 40 anos e é cristão há 20 anos. Ele estava supervisionando algumas igrejas clandestinas domésticas das Assembléias de Deus na região do Mar Cáspio no momento de sua detenção.
A maior parte dos cristãos detidos na recente varredura policial contra as reuniões nas igrejas domésticas no norte do Irã são ex-muçulmanos. Sob a lei islâmica aplicada no Irã, um muçulmano que abandonar o islamismo por uma outra crença será culpado de apostasia, sendo aplicada a pena de morte como forma de punição.
O Irã, que é considerada a maior república mundial que permanece fiel às leis islâmicas rigorosas de governo, tem visto uma erosão na sua postura de direitos humanos em termos de liberdade de expressão restrita, detenções prolongadas sem julgamento e tortura sistemática nos últimos quatro anos.
"Ações governamentais criam uma atmosfera ameaçadora para algumas minorias religiosas", registra o relatório sobre liberdade religiosa no Irã do ano passado, realizada pelo Departamento do Estado Americano,"especialmente para os Baha'is, judeus e cristãos".
Segundo o relatório de 2003, "O governo vigilantemente aplica sua proibição concernente às atividades de conversão realizadas por cristãos através do fechamento de igrejas e da prisão de convertidos".
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