O governo militar de Mianmar condenou dois apoiadores de Aung San Suu Kyi, líder da oposição ao regime ditatorial do país, a um ano e meio de prisão por “insulto à religião”, depois que eles oraram publicamente pela líder.
Chit Pe e Aung Soe Wei, integrantes do partido Liga Nacional pela Democracia (NLD, em inglês), foram condenadas semana passada, de acordo com o porta-voz do partido, Nyan Win. “Eles foram condenados, sob a acusação de insulto à religião. Não sabemos mais detalhes sobre a prisão.”
Eles foram presos em suas casas, depois que realizaram um culto de oração em Twante, no qual intercederam pela libertação de Aung San Suu Kyi. Os dois foram acusados por “profanação de templos e propriedades religiosas”.
Ma Lwin, esposa de Aung Soe Wei, disse que os dois foram levados para a prisão em Rangoon logo após o veredito, e foram proibidos de conversar com os familiares fora do tribunal. O advogado Kyi Toe disse que os pedidos feitos para as autoridades, para que ele pudesse ver seus clientes, foram negados.
“Eu fiz um pedido formal para o delegado Myint Kyaw e para o tribunal, mas os dois foram negados. Eu não pude conversar livremente com meu cliente desde o início do caso.”
A lei de insulto à religião é frequentemente utilizada pelo governo de Mianmar, e tem pena de até dois anos de prisão.
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