Oficiais em áreas tribais do Vietnã juraram "lutar contra a religião", de acordo com um documento secreto obtido por um grupo americano.
O Centro de Liberdade Religiosa da Casa da Liberdade, em Washington, D.C., informou que o documento, emitido no começo deste ano por um braço local do Partido Comunista Vietnamita, revela uma política oficial que impõe aos cristãos da minoria étnica hmong o abandono de sua fé e a "erradicação" de lugares cristãos de reunião.
O documento, do gabinete do partido do distrito de Muong Nhe, é do dia 25 de fevereiro e descreve uma campanha clara, feita pelo partido comunista e oficiais do governo em parceria com a polícia e o exército.
A Casa da Liberdade disse que a campanha foi agendada para acontecer de 2 de março até 30 de junho, mas por ser o distrito rural muito remoto, a sua realização não foi confirmada.
O documento pede pela "mobilização das massas para lutar contra e resistir à religião e aos credos religiosos, além de erradicar lugares que comprometam a segurança pública".
A Casa da Liberdade diz que "lugares" é uma referência óbvia às igrejas domésticas cristãs.
As células comunistas "farão com que as pessoas abandonem sua religião e retornem às suas crenças e costumes tradicionais (...) e inspecionará as áreas ainda não infiltradas com a religião de Vang Chupara que não infecte outras localidades", diz o documento.
Será requerido de líderes de vilas que "desenvolvam regulamentações e formulários de garantia" a serem assinados por aqueles pressionados a desistirem de sua fé.
A Casa da Liberdade já havia noticiado antes sobre vários cristãos hmong raptados para "reeducação", na qual tiveram que deixar sua fé e foram oprimidos, espancados e obrigados a beber vinho até se intoxicarem.
Eles também foram obrigados a assinar garantias de que renunciavam à sua fé.
"Esse documento indica que, como sempre, a situação no Vietnã pode ser resumida como de repressão", disse Nina Shea, diretora do Centro pela Religião e membro da Comissão Americana de Liberdade Religiosa Internacional.
O grupo de Nina afirma que o documento expedido não considerava o fato de que os cristãos hmong estavam ligados à Igreja Evangélica do Vietnã do Norte, reconhecida oficialmente. Ele também ignorava que a igreja havia emitido certificados de aceitação para 981 congregações de minoria étnica - a maioria era hmong.
O grupo declarou: "Isso indica que, apesar da propaganda pública do Vietnã afirmar a mudança de sua política, o país continua com a repressão religiosa".
Em maio, John Hanford, enviado americano especial para liberdade religiosa internacional, anunciou um acordo, no qual o Vietnã libertaria 12 prisioneiros de consciência, implementando por completo a nova legislação do Vietnã e sua "Instrução Especial em Relação ao Protestantismo", do dia 4 de fevereiro. Além disso, asseguraria que as autoridades locais "adeririam de forma estrita e completa à nova lei", em especial com respeito à prática de forçar prisioneiros a renegar sua fé.
Mas a repressão continuou, afirmou a Casa da Liberdade.
Estima-se que 100 fiéis de várias religiões estejam presos ou sob alguma forma de prisão domiciliar por atividade religiosa. Centenas de igrejas, centros de culto domésticos e lugares de reunião permanecem fechados.
Nina disse que "mesmo o Departamento de Estado tendo colocado o Vietnã em sua lista de 'País de preocupação específica' de 2004, de acordo com o Ato de Liberdade Religiosa Internacional, não houve recomendação de nenhuma sanção contra esse país".
"Em vez disso, o Departamento tentou induções positivas para que o Vietnã mudasse suas atitudes repressivas. Agora é hora de implementar as sanções previstas no ato".
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