“A aprovação da Constituição significa que podemos seguir em frente com
as eleições presidenciais de março e as eleições parlamentares, alguns
meses depois”, comentou um cristão local. Esse é um passo decisivo na
legitimação do poder transitório, depois da destituição do ex-presidente
Mohamed Mursi pelos militares, em julho de 2013.
Há muitas
preocupações e rumores de que a Irmandade Muçulmana e diferentes grupos
radicais não pretendem deixar que esses dias passem de forma pacífica.
As forças policiais e do Exército estão em alto estado de alerta para
proteger os eleitores.
Apesar dos esforços, uma bomba explodiu
hoje (14) em frente a um tribunal da cidade do Cairo, capital do Egito,
pouco antes de os locais de votação serem abertos para o referendo. O
atentado não deixou vítimas e é o último de uma série de ações violentas
que ocorrem há meses no país mais populoso da região árabe, com cerca
de 85 milhões de habitantes.
A Aliança Nacional de Apoio à Legitimidade, uma coligação islâmica liderada pela Irmandade Muçulmana contra a deposição de Mursi, já anunciou que vai boicotar o referendo. O grupo Jovens contra o Golpe, ramo juvenil da coligação islâmica, também prometeu boicotar a consulta e promover atos de desobediência civil.
No Cairo, registaram-se confrontos em várias regiões, sobretudo na Avenida das Pirâmides, no bairro de Giza, assim como na parte leste da capital, no distrito de Cidade Nasser, e a norte, em Heluan.
A nova Constituição altera a aprovada pelos islâmicos em 2012 – suspensa pelos militares em 2013, após a saída de Mursi do poder. Durantes esses dias, em especial, ore ainda mais pela segurança dos cidadãos e das Igrejas no Egito.
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