A Polícia atacou a sede da Igreja Menonita do Vietnã na Cidade de Ho Chi Minh em 27 de fevereiro. Dos 23 fiéis presentes, dezenove foram presos e levados ao cárcere da delegacia e interrogados até as primeiras horas da manhã seguinte. Um segundo ataque repentino à igreja ocorrido em oito de março às onze da manhã, interrompeu uma reunião especial de mulheres. A polícia prendeu cinco homens presentes e os levou à Delegacia de Binh Khanh para interrogatório advertindo às mulheres para que não se reunissem no local novamente.
Estes ataques repentinos são significativos porque vieram semanas depois de o Primeiro-ministro do Vietnã, Phan Van Khai liberar um documento político intitulado Instruções Especiais para a Religião Protestante. Datado de quatro fevereiro, o documento foi publicado após intenso esforço por liberdade religiosa e de organizações de direitos humanos exporem a perseguição aos cristãos no Vietnã.
Em outubro passado, o Departamento de Estado dos EUA, designou o Vietnã como um país de interesse particular, por causa de abusos documentados à liberdade religiosa. A ação colocou o Vietnã entre as nações do mundo considerado as piores em crimes contra a liberdade religiosa.
As novas Instruções prometem permitir às denominações Protestantes que estavam ativas no Vietnã antes de 1975, a solicitarem o registro oficial.
Mas muito pouco parece ter mudado no clima de liberdade religiosa. O documento reserva o direito ao governo de decidir quem e o que é legítimo no que se refere à religião.
O documento ordena que as autoridades locais criem condições favoráveis para os Protestantes. Também ordena que proíbam as pessoas de serem forçadas a uma religião e que pessoas sejam forçadas a abandonar uma religião.
Observadores do Vietnã presumem que a publicação do documento é uma resposta às duras críticas contra o Vietnã, por seu brutal tratamento à minoria étnica cristã.
Depois que as Instruções foram emitidas, os líderes vietnamitas das igrejas domésticas adotaram uma postura de esperar para ver se haveria uma melhoria para as igrejas protestantes. Com os ataques repentinos na Cidade de Ho Chi Mihn, entretanto a decepção rapidamente se seguiu.
A Igreja Menonita do Vietnã sofreu detenção, julgamento e condenação de seis líderes chaves no ano passado. Três pessoas incluindo seu secretário geral, o Rev. Nguyen Hong Quang, permanecem na prisão. Nos primeiros dias de fevereiro a Corte Suprema do Povo adiou a apelação de Quang indefinidamente sem explicações.
Seguindo seu julgamento em novembro de 2004, a congregação que se reúne na sede Menonita no Distrito 2, da Cidade de Ho Chi Minh , foi submetida a numerosos ataques repentinos. A polícia atormentou os líderes interrogando-os durante horas na delegacia local.
Em quatro de março, a Sra. Le Thi Phu Dung, evangelista e esposa do Rev Quang, escreveu uma carta ao Primeiro-ministro detalhando as preocupações dos Menonitas. Partes da carta se seguem:
"Antes da emissão da Instrução, a Igreja Menonita Vietnamita encontrava-se em grande adversidade nas mãos de oficiais locais. Mas agora, os oficiais locais estão aumentando ainda mais a perseguição à nossa comunidade Menonita.
Por exemplo, às 19 hs do dia 27 de fevereiro de 2005, 23 cristãos oravam na sede da Igreja Menonita vietnamita no Distrito 2, quando esta foi invadida por forças da administração municipal, mais ou menos uns 50 policiais, pessoas da segurança, membros do Comitê do Povo e mulheres membros da União Feminina. Entraram gritando e amaldiçoando, e acabaram com a reunião de oração.
A polícia me deteve, junto com mais 18 cristãos, e nos levou à delegacia para interrogatório até às 3 da manhã de 28 de fevereiro de 2005, ordenando aos crentes que não mais aparecessem na sede da igreja Menonita para adorar a Deus novamente.
Trouxemos à tona o novo documento do dia quatro de fevereiro que nos dá permissão para livremente adorar a Deus e pedimos que os funcionários locais nos mostrassem como poderíamos registrar nossas atividades cristãs Protestantes de acordo com a Instrução emitida por Sua Excelência, o Primeiro-ministro.
A Polícia Pública de Segurança da Delegacia de Binh Khanh, nos disse gritando com raiva: 'Nós policiais só seguimos as ordens a respeito de religião da Assembléia Nacional. A Instrução do Primeiro-ministro pode ser aplicada em outros lugares, mas não na divisão de Binh Khanh."
A carta termina com este apelo: "Por favor, informe-nos se Sua Excelência, como Primeiro-ministro, é a mais alta autoridade do governo em questões de lei, ou se há uma autoridade mais alta nestas questões. Nós recebemos com bom ânimo as novas instruções. Nós sinceramente esperamos que a Instrução seja realmente aplicada".
Uma antiga fonte da Compass observou: "Tristemente a retórica dos líderes e a realidade para os cristãos é muito diferente. Não deverá haver nenhuma ação em relação a esta petição, é certo supor que as novas instruções são, como alguns líderes das igrejas domésticas suspeitam, uma fachada para enganar críticos e diplomatas".
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