Milhares de pessoas marcharam em protesto, na Indonésia, depois que a polícia disse que iria investigar uma queixa de blasfêmia contra o governador cristão de Jacarta, capital do país. Basuki Tjahaja Purnama, mais conhecido como Ahok, é um cristão chinês que foi acusado de blasfemar contra os muçulmanos.
Mais de 10 mil manifestantes foram às ruas para pedir tolerância contra a exigência dos muçulmanos extremistas, que por sua vez, pedem que o governador seja processado por blasfêmia. A imprensa em Jacarta informou que o chefe da polícia, Tito Karnavian, considerou ser uma decisão longa e difícil.
A Indonésia é um Estado laico, mas tem o maior número de muçulmanos que qualquer outro país do mundo, mais de 200 milhões. Quase todos são sunitas. A blasfêmia é considerada uma ofensa criminal e dezenas de pessoas foram condenadas na última década. Além disso, alguns enviados para a prisão pegaram pena de até cinco anos.
Os muçulmanos de linha extremista, na Indonésia, denunciaram Ahok pela primeira vez no dia 6 de outubro, por suposta blasfêmia. "A polícia está preparando um arquivo para o promotor e a corte", disse Karnavian.
E já houve forte movimento. Em um protesto no início deste mês, mais de 100 mil muçulmanos saíram às ruas, levando a morte de uma pessoa e dezenas de feridos. Ahok, que não foi preso, mas proibido de deixar a Indonésia, deve ser reeleito em fevereiro de 2017.
Ahok é um reformador social que reprimiu a corrupção e pronunciou um discurso em setembro, quando acusou seus rivais de usarem o Alcorão para enganar os eleitores. Este discurso foi publicado na internet, mas suas palavras foram editadas para fazer parecer que ele estava diretamente criticando o livro sagrado islâmico. A Frente de Defensores Islâmicos, um grupo de linha extremista que faz campanha pela lei da Sharia, exigiu sua prisão.
Ahok disse aos jornalistas: "Eu aceito o status de suspeito e acredito no profissionalismo da polícia. Este não é apenas um caso sobre mim, mas sobre a determinação da direção que este país está entrando".
Johan Budi, porta-voz do presidente, Joko Widodo, disse que a decisão policial deve ser respeitada. Ele disse: "Desde o início, o presidente disse que não iria intervir".
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